Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Uma breve descrição do autor imprevisto
Sergio Ricardo Costa



Igualando distintas
Impressões precárias
Deste senhor
Que me deixa
Sem razão, não desperta
A ninguém sua labuta,
Ou sucintas
Privações — devastadoras.

No fundo,
Em debate com ninguém,
Cumpre certa
Contundência
De ser homem no mundo.

Uma breve inclinação de poeta,
Ou só tênue ilusão de artista;
Coisa média, a sua obra (incompleta),
Contentando-se em vê-la inteira
Por nascer; terra, mais longe da vista,
Que consiga alcançar, complacente,
Compassivo; indo, só, pela feira
Libertária.

Mas, no fundo, é descrente.

Mas no fundo,
Como sabe de si
Diletante saldo
A ser debitado,
Da vontade de viver;
Tanto ri,
Quanto chora,
Do amor com que cobre
Sua parca intuição —
Do agrado
De escrever, quando consegue...
— Transpor
O limite que separa
O chão nobre
Do espírito
E compor, sem sabor.

Sem calor, sensaborias, sementes
Sonolentas, jardim desse processo,
Qual vantagem de viver, diferentes
Mundos crus, se transformando diante
Da visão, mau grado um outro insucesso,
Que sucede e, por mais tarde, mais certo
Ou mais perto, deste "autor", confiante:
Que flutua pelo espaço aberto...

Que nem tenham conclusão
Duas linhas
Quaisquer: nem nada, nadinha,
Nem tomem
Melhor rumo,
O mais das vezes, mesquinhas
Lavras, golpes
Ponderados de rima
Por um fim fantasioso
De homem,
(Higiênico) papel
Num cordel
De distintas impressões
Subestima,
Quantos versos
De tirar o chapéu?

Algum truque imponderado na pedra
E um coração lhe cai o melhor que consegue,
Nas palavras arenosas que medra,
Território destruído em que finge
Não notar e, arduamente, prossegue
Aprendendo a sublimar, como boa
Sorte, as pedras de uma esfinge, se a esfinge
Se condói fria do infeliz e o perdoa...

Qual cavalo afetuoso
Cogita
Despertar, afetuoso —
E altivo
(Segurando uma caneta),
Levita
Cavalgando pelo ar,
Não importa
Mais pedaços de papel
Ou cultivo
De estrelas lhe desvendem
Tão mal
Alinhados traços,
Na asa torta,
Ou no voo hesitante e
Banal.

Quantos mares secarão em seus olhos
Sem que não seja inovador e nem nada?

Não!

Bugalhos, alhos, olhos com óleos,
Misturando a competente, ou potente,
Verborrágica semente enrolada
A secar e a renascer no caminho
Pedregoso das palavras: em frente
A um mar, segue ignorado e sozinho
Entre vultos,
Vai para ver.


Biografia:
-
Número de vezes que este texto foi lido: 61637


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Tem um produto Sergio Ricardo Costa
Poesias Alma de sua alma Sergio Ricardo Costa
Poesias Ah, como eu sei exatamente como é Sergio Ricardo Costa
Poesias No fundo do poço Sergio Ricardo Costa
Poesias A última viagem da vida Sergio Ricardo Costa
Poesias Tem feito Sergio Ricardo Costa
Poesias Memória de esperar Sergio Ricardo Costa
Poesias Tenho fome, tenho sede Sergio Ricardo Costa

Páginas: Primeira Anterior

Publicações de número 201 até 208 de um total de 208.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
Matemática na Ponta do Pé - Patricia da Cruz de Lima Sales 144 Visitas
Resumo - Investigação preliminar no processo penal - Isadora Welzel 143 Visitas
Resumo - Pronunciamentos, sentença e coisa julgada - Isadora Welzel 143 Visitas
Resumo - Competência criminal - Isadora Welzel 142 Visitas
Resumo - Ação Penal - Isadora Welzel 139 Visitas
Sala de Leitura: Um Espaço de Descoberta e Prazer - Patricia da Cruz de Lima Sales 111 Visitas
Cores em Movimento - Patricia da Cruz de Lima Sales 111 Visitas
Entre Gritos e Lágrimas - Patricia da Cruz de Lima Sales 106 Visitas
Trabalho em Equipe e Aplicações da Matemática - Patricia da Cruz de Lima Sales 91 Visitas
Bem-estar e saúde mental no ambiente de trabalho - Isnar Amaral 16 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última