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Sinais terráqueos
DIRCEU DETROZ

É possível que os humanos primitivos sentiram os sintomas da depressão pela primeira vez, quando os lampejos do protótipo da inteligência iluminaram suas consciências. Olharam ao redor e não entenderam nada daquilo que viam. Realmente deve ter sido muito assustador. Ainda assusta.

Foi de lá que vieram as perguntas que ainda hoje fazemos. Para explicar o que a inteligência possibilitou aos humanos exigiu uma boa desculpa. Sentir-se superior sempre exige uma boa desculpa. Foi então que uma alma ou um espírito passaram a habitar o corpo. Uma desculpa perfeita ainda nos dias de hoje.

O misticismo e a fé foram criados quando os humanos estavam nos primeiros dias do jardim de infância da inteligência. Diante do assustador nasceram as divindades criadoras. A desculpa perfeita novamente. Criação divina e superioridade formam a dupla mais perigosa que conhecemos. A História nos conta fatos horríveis feitos pelos humanos em nome das duas.

Por sorte, a inteligência não foi completamente aniquilada pelo misticismo. Alguns outros lampejos criaram a ciência. A ciência também faz perguntas. Só que como cabulou as aulas místicas do jardim de infância ela não acredita, questiona. A ciência não procura divindades no Universo. Procura outras raças inteligentes.

A ciência quer uma resposta para a pergunta: Estamos sozinhos? Encontrar inteligência extraterrestre é uma das nossas maiores obsessões. A busca é feita através de ondas de rádio. Além do famoso sinal “Wow” recebido em 1977, ninguém ainda respondeu.

Se já é difícil pela imensidão ainda desconhecida do Universo, muitas outras variáveis devem ser postas na equação dessa procura. O paralelo pode ser com nós mesmo. Os bilhões de anos que se passaram até chegarmos ao estágio no qual nos encontramos.

Talvez, as ondas de rádio sejam a pré-história da comunicação universal. Raças inteligências podem ter deixado de usá-las. Ou, quem sabe até receberam um “Wow” nosso, mas sabendo dos perigos desenvolveram a camuflagem ou a invisibilidade.

Algumas vozes humanas têm essa opinião. No lugar da obsessão pela procura, deveríamos nos preocupar em permanecer camuflados e escondidos. Só que a nossa curiosidade desconhece os perigos. Podemos não gostar do que encontraremos. Se tivermos tempo para não gostar.

Sabemos o que aconteceu quando a “civilização” desembarcou nas Américas. As doenças contagiosas mataram mais do que as batalhas pelas riquezas locais. Nunca se deve descartar a hipótese de ocorrer o mesmo num encontro entre civilizações galácticas. Com um detalhe importante. As Américas da vez seria o planeta Terra.


Biografia:
Sou catarinense, natural da cidade de Rio Negrinho. Minhas colunas são publicadas as sextas-feiras, no Jornal do Povo. Uma atividade sem remuneração.Meus poemas eu publico em alguns sites. Meu e-mail para contato é: dirzz@uol.com.br.
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