Rogo com meus olhos sobre seus lábios,
Que muito movam-se e não se calem,
Que mesmo juvenis proclamam sábios;
Que de volúpia me enchem - falem mais, falem!
Quando meus olhos teus olhos veem,
Em tua relva me vejo outro,
Pois meu Ser nada mais me convém.
Só encontro a mim quando te encontro.
Se o mundo não fosse mais mundo,
Se o mar não fosse mais molhado...
Eu não me queixo.
Pois o que habita aqui é oriundo,
Um homem desnorteado,
Na esperança de um beijo.
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