Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Indolente sedutor
Gladyston costa

Como um barco solto ao mar é o desejo de amor alheio à verdade,
Esculpido com as palavras frias e calculadas do indolente sedutor.
Aquele, que como predador, vê na alma dos desesperados sua diversão.
O desejo insólito de um ego sem limites ou pudor.

Duro e obscuro é o pensamento egoísta do amante inveterado
Aquele que não mede esforço por uma paga de atenção;
Sujo em seus pensamentos extrai da confiança alheia,
O impulso da maldade, como o vento na vela do barco.

Navega por águas incertas, busca o alivio à sua alma estragada.
O azul ao fundo no horizonte está tingido por nuvens escuras.
Uma terrível e avassaladora tempestade sempre pronta a desabar,
Sempre pronta a lavar do ar o cheiro ácido de suas mentiras.

Duro, tosco e patético é a trajetória escrita nesse mar.
Mar de água caustica a dissolver a verdade oculta em seus desejos.
Desejos toscos e egoístas por amores improváveis,
Desespero sórdido a construir táticas com palavras mentirosas.

O grito de dor e desespero em meio ao turbilhão de águas ácidas,
A tingir de sangue a face dos honestos, a transformar em sal as palavras.
O choro desesperado do egoísta, um choro por atenção.
As lagrimas que escorrem pela face secam e deixam apenas o sal da mentira.

O egoísta por amor estende a vela do barco ao vento,
Busca recolher o que restou da brisa de esperança dos que naufragam.
Dos que perdidos, abandonados, e sem saída se entregam à ilusão das palavras.
Dos que aceitam um naco de luz, como mariposas perdidas no escuro.

Navegando incerto em seu imenso oceano, não vê no horizonte a luz.
Segue arrastando seu pesado barco rumo ao horizonte cinza,
À frente apenas nuvens escuras de tempestade e ventania.
O naufrágio certo se aproxima com as velas içadas à mentira.

Os últimos nacos de vento nas velas molambentas de seu barco
O levarão para a solidão irreversível duas profundezas do mundo.
No fundo do imenso mar de egoísmo restara como um cadáver,
Morto de desesperança.


Gladyston Costa


Biografia:
-
Número de vezes que este texto foi lido: 52879


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Coisas e luz Gladyston costa
Crônicas Na janela, a floreira. Gladyston costa
Crônicas Como foi? Foi um sonho meio doido Gladyston costa
Poesias Quase Lua Gladyston costa
Poesias A curruira e o dente de leão Gladyston costa
Poesias O galo e a cidade Gladyston costa
Romance ''Desejo" Gladyston costa
Poesias Uma vida só Gladyston costa
Poesias Novamente o outono Gladyston costa
Poesias Olhos de Vapor Gladyston costa

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 21 até 30 de um total de 48.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
O Senhor dos Sonhos - Sérgio Vale 54086 Visitas
Desabafo - 54072 Visitas
Depressivo - PauloRockCesar 54026 Visitas
Jornada pela falha - José Raphael Daher 53985 Visitas
Cansei de modinha - Roberto Queiroz 53982 Visitas
Saudações Evangélicas (Romanos 16) - Silvio Dutra 53950 Visitas
Novidade no Céu - Teresa Vignoli 53945 Visitas
A menina e o desenho - 53935 Visitas
MENINA - 53914 Visitas
sei quem sou? - 53899 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última