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CISNE NEGRO - CAPÍTULO DOIS: BEIJADA.
Wellington Almeida

Resumo:
Lis é uma menina normal, mas que se sente diferente das demais garotas. Ela é virgem e agora conhecerá alguém que pode transformar sua vida.

SEGUNDO CAPITULO                        02

Beijada

Estava tudo escuro, eu me movimentava na escuridão sem fim. Movimentos lentos e angustiantes. Pernas e braços movimentavam-se ao redor de algo completamente tomado pelo nada. Até que reconheci uma luz. Era a superfície. E eu estava afogando-me, tentava sobreviver; agitando pernas e braços numa inútil tentativa de respirar. Chegar á margem. Quando perdi a vontade de subir, fiquei flutuando no escuro, o meu nada que de repente virou o meu tudo. Porém, uma mão agarrou-me pela camiseta e me retirou da água. Acordei com uma mão fria na minha.

Era um sonho.Então eu acordei.

– Ei, acorda! – Pude sentir uma mão fria bater levemente no meu rosto.

Tentei abri os olhos para poder ver quem era e o que estava acontecendo comigo, mais toda força exercida por mim foi insuficiente.

Então o primeiro beijo veio. Senti seus lábios tocando os meus, tentando me manter viva. O segundo beijo veio, não estava entendendo muito bem o que estava acontecendo. Minha boca se abriu e por ela escorreu toda água que meus pulmões haviam recebido, expirei bruscamente e mais um pouco de água se acumulou na boca e foi lançada para fora.


Meus pensamentos estavam confusos, ate eu entender o que estava acontecendo. Ótimo eu não havia morrido. Momento antes de ser retirada do mar eu estava me debatendo submersa na água, tentando desprender o que tinha prendido meu pé, impossibilitando de eu voltar á superfície. Cheguei então na mais absoluta certeza; eu havia sido salva e quem me salvou estava diante de mim.

Naquele momento já consciente deixei meus olhos se encontrarem com os do salvador da minha vida. O tempo deu uma breve pausa e pude minuciosamente analisá-lo. Seu rosto era perfeito como de um anjo; sua pele parecia ter sido feita do mais primoroso tecido, seus olhos se destacavam ainda mais; um verde perfeito que realçavam seu olhar; um olhar letal, atraente. Seu corpo era definido daqueles que praticavam exercícios todos os dias. Sua expressão era ilegível, ele simplesmente permanecia parado olhando me olhando.

O som do meu coração estava ensurdecedor, meus pulmões estavam agora expandindo e se encolhendo rapidamente, inalando e exalando o ar, fui tomada por uma pergunta corrosiva. – Por que eu estou desse modo? –Acalme-se. – Eu disse ao meu coração, tentando até mesmo repreender a mim mesma pela felicidade que eu estava sentindo mesmo no meio da confusão.

Eu e o salvador do dia percebemos que nossas mãos estavam juntas, eu estava agarrada á sua mão como se ela fosse o que me salvaria. Pensei nisso com ironia.

Tentei retirar a mão, mas algo dentro de mim se recusou a fazê-lo.

– Espere, eu não vou te machucar! – O rapaz de olhos verdes me disse, acalmando-me apertando também minha mão.

– Obrigada... Eu... Eu estava nadando quando percebi algo preso no meu pé. Não consegui soltá-lo.

– Prazer, meu nome é Christopher Lancaster. E o seu?

– Me chamo Evelise, mas pode me chamar só de Lis.

– Lis. – repetiu ele calmamente, como se já tivesse tido o meu nome mil vezes.

A tensão ainda estava no ar, no entanto, Christopher brincou:

– Quantas vezes você tenta se matar por dia? Deveria existir um limite. Com certeza deveria. Porque só com a intenção de se matar é o que uma pessoa faz quando vai nadar sozinha e num lugar afastado.


Christopher percebeu que eu ainda tremia.

– Acalma-se, você está fora de perigo. Pelo menos comigo por perto. – Brincou ele novamente, expondo seus perfeitos dentes brancos num sorriso contagiante.

Ele me olhou severamente como se estivesse
ponderando o que estava para dizer:

– É meu dever salvá-la. – Christopher percebeu que suas palavras não faziam sentindo para mim. Foi obra de o destino ele estar aqui, né?


Novamente meu coração estremeceu e minhas pernas bem dispostas enfraqueceram rapidamente ao ouvir o som de a sua voz entrar melodicamente em meus atentos ouvidos.

Eu sou uma completa idiota. Para não parecer paranoica eu ignorei o pensamento com a mais absoluta força.

– Quer dizer... É... Que bom que eu estava na hora... e pude ajudá-la. – Christopher repreendeu a si mesmo interiormente, soube disso quando ele sem pensar arqueou ás sobrancelhas nitidamente confuso.

Eu já possuo força o suficiente para me levantar, então eu respiro profundamente, apoio minhas mãos na areia e fixo meus pés também para me impulsionar e me levanto de uma vez.

– Não entendi. – Eu disse.

Ele me olhou e sua expressão mudou. Christopher simplesmente disse:

– Esquece.

Eu não entendia isso. Nenhum pouco. Estava ficando confusa. Beijo e depois isso.

– Você quer que eu a acompanhe até em casa? Está se sentindo melhor? – Christopher pergunta.
Olho para ele, hesitante. Eu mal o conheço, eu penso enquanto ele espera uma resposta.

– Obrigada, mas eu já estou me sentindo bem. – Eu disse. Christopher deu de ombros.

– Ok, precisando é só chamar. – Disse ele, sorrindo.

Eu tinha certeza que morreria. Aquele lugar em que eu estava nadando era praticamente impossível de alguém perceber que eu estava me afogando.

– Preciso ir então. Foi um prazer conhecê-la.   

Christopher me disse enquanto dúvidas faziam-me sua escrava.

– Igualmente. – Eu disse com a voz falhando.

Então ele partiu e eu fiquei esperando minhas pernas lembrarem-se de se mexerem. Mas elas estavam trêmulas. Assim como meu coração estava.

(continua...)


Biografia:
Meu nome é Wellington Almeida,nasci no estado de são paulo, mais fui criado no interior do Paraná. Onde com muito orgulho surge deliciosas histórias para entreter-me e me fazer flutuar nas maravilhosas facetas da escrita.
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