Lançadas na terra torta e só.
E, amargo, o olhar cansado, fixo,
Procura ainda uma aldeia
No seio do ar ausente:
É sua
Repulsa e insulto,
Pois somente
Consegue enxergar um mundo velho.
E embora um amargo e embora hoje,
Embora um abrigo,
Volta ao mundo
Sem ter parcela certa e própria,
Confuso e não cede muita coisa:
Um céu sem pensar em outras coisas,
Que nem vê,
Precisa ter vontade
De alguma distância enquanto voltam,
Felizes, as aves.
Onde estão
Estrelas agora, então, rapaz?
Nefastas porque ambíguas,
Voltas
Crescentes no ar estão contigo,
Distantes no ar estão sem nome,
Estão desfilando abismos junto
A você novamente e aos azares
Nos olhos bem-vindos sob tanta
Certeza,
O torna menos livre
Por dentro.
E estranho em quem visita
Na tarde: terríveis casas raras
Visita amiúde, asas bruscas
Enchendo seu próprio corpo quente,
O ousado, o bem-vindo, ou não,
O ente mais forte.
A vida para toda
Pessoa refaça as suas asas
De cera
Saltando em volta, dado
Momento no vento, vivas, poucas,
O pouco está abaixo para
Poder entender que vence a sua
Sentença de sorte, bom motivo,
Por tanta abundância, volta ao mundo
Diário com olhar amigo e toma
O tempo do mundo para si.
Coberto de sonhos, óbvio para
O próprio viver ligar os pontos
Distantes, ou, menos pelas sombras,
Capaz de notar, capaz de ver,
Capaz de chorar, com olhos rasos
De lontra, as manobras tontas para
Que saia à terra firme a nossa
Equipe de aves feias! Boas,
Em parte, por onde vão.
Ou mesmo
(Se vão realmente), ter motivo
De vida (e não vale quase nada
Viver).
É morrer perante isto.
Com ambas as mãos, é ter nascido
Direto no ar, suave brisa,
Com medo de ser levado pela
Ausência de mundo, ou, mais soturno
Que isso, o ser mortal, (que) invade
Bons olhos.
O sol se põe na tarde
Total da existência, como fosse
Ausente do ser, e a cena avança,
Talvez por instantes, onde passo
Diante de quem imito cada
Sorriso contente e, então, suspenso
No ar, entrelaço meus sentidos.
Se falam de outras asas, nem sei
Se voo: Onde estão as aves, hoje,
Portanto? Algum lugar, alguma
Viagem e amor, estão comigo
Por toda a cidade, estão comigo
Por baixo das pedras; pousam sobre
A lua (em meus longos sonhos mortos);
Ou sou todas elas...
Vem o vento
Provar derrotado o tempo: Inútil
Um céu para onde vão as aves...
Um mundo de sol na tarde e as aves
Do céu somem todas: passam a tarde
Caindo ao chão e, então, as aves
Têm fim.
E eu morro entre elas,
Ou sou todas elas?
Ou (vale mais) ser apenas ser humano?
Ou valem mais, no chão, as rosas
Que as aves,
Ou as aves
Que a rosa?
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