Amiga,
Seu olhar soturno.
Sucessivas, fecha
As janelas,
Resta,
Muito imprópria, a farsa
De querer que sigam
Com algum sucesso,
Como irmãos dos Peixes,
Os degraus da Terra,
Os leões dos sonhos,
Ao raiar do dia
Desenhado em telas.
Desenhando estrelas,
O caminho é este
Decretado hoje e
Derramado aos poucos,
Sem saber das horas,
Sem saber da volta,
Sem saber ainda,
Tudo e nada menos
Que também amava,
Ou que talvez, quem sabe,
Realmente efeito
Do sucesso disto,
Ou, retrato vivo,
Amanheça o dia
Agarrado à noite
Através das salas,
Através dos poros,
Através dos tempos.
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