| O que vamos fazer hoje? 
Tomar aguardente juntos?
 Resolver os insolventes?
 
 
 Remodelar o princípio da coisa
 e transformá-lo em secundário?
 
 
 Tornar os vigentes passivos
 e os ativos em guaritas
 de tomar conta!
 
 Vamos fazer nada
 só de brincadeira?
 
 
 E deste rebuliço
 entrar no de
 fazer amor permitido?
 
 Nada de sensatez.
 Isso dá trabalho!
 
 Consumo de atitude
 solidária: eu sou
 o positivo,você
 terá que ser o negativo,
 para a coisa dar certo.
 
 Mas que coisa?
 
 
 A coisa que está
 perto dos lábios.
 
 Quando der o choque paramos
 e começamos de novo a tocar
 a sorver e tocar em
 fios dos proibidos.
 
 Até a coisa cansar!
 
 E falando em amor:
 onde está você agora?
 
 
 Está sozinha arranhando
 um monólogo,
 ao som a orquestra,
 que serve brandy
 sem cor?
 
 Perdeu o fio da meada?
 Ou está escondida?
 
 E se se escondeu,
 só pode estar,
 agasalhada ao meu lado
 com cobertores
 de brandy.
 
 
 Nosso brandy é
 alcacuz, doce
 e suntuoso e lá no final
 é longo
 e desiquilibrado por baunilhas.
 
 
 
 Mas somos nós,
 que geramos a luz,
 
 e o alcaide tonto,
 próximo a um copo
 de puro brandy.
 |