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ANA INÊS BALLARDIN DRAGO
DANIELA CAPELETTI RIZZON
DANIELE BENATTO
GEOVANA SOLDATELLI
JANA SARA BOFF RIZZON
VERIDIANE ELOISA DALL'BO MAURINA
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E SEUS DESAFIOS
Os Desafios
O movimento rumo à integração de alunos com deficiência na sala de aula regular começou na segunda metade do século XX. A tendência atual é criar uma educação que valorize todos os alunos e criar uma sala de aula que respeite a diversidade, definição que engloba as diferenças de raça, etnia, gênero, idade religião, deficiência, orientação sexual e socioeconômica... Valorizar as diferenças entre as pessoas e as maneiras pelas quais elas podem contribuir para um ambiente de trabalho mais rico, criativo e produtivo. A educação inclusiva é um processo que busca permitir que todas as crianças aprendam e participem efetivamente dentro da escola regular, não segrega crianças que têm habilidades ou necessidades diferentes.
A educação de crianças com necessidades especiais já percorreu um longo caminho; da educação especial à educação integrada e da educação integrada à educação inclusiva (acesso à corrente principal). Apesar do apoio de várias políticas e programas de tempos em tempos para acelerar o ritmo de todos os esforços feitos nesse sentido, as escolas regulares com orientação inclusiva enfrentam muitas barreiras e desafios.
No entanto, a discussão global sobre educação inclusiva mudou significativamente ao longo do tempo. A Convenção da UNESCO contra a Discriminação na Educação (1960) e outros tratados internacionais de direitos humanos proíbem qualquer “exclusão ou limitação a oportunidades educacionais com base em diferenças socialmente atribuídas ou percebidas, como sexo, origem étnica/social, idioma, religião, nacionalidade, condição econômica, habilidade”.
Durante décadas, o conceito de educação inclusiva foi principalmente focado em crianças com deficiência, a Declaração de Salamanca, assinada por 92 países e que completa 26 anos este ano, expandiu o conceito, concentrando-se em crianças com necessidades especiais e em crianças de todas as origens: “Todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter. As escolas devem reconhecer e responder às diversas necessidades de seus alunos”.
Segundo Glat (2007, p. 16):
A Educação Inclusiva significa um novo modelo de escola em que é possível o acesso e a permanência de todos os alunos, e onde os mecanismos de seleção e discriminação, até então utilizados, são substituídos por procedimentos de identificação e remoção das barreiras para a aprendizagem.
A educação inclusiva é um processo de fortalecimento da capacidade do sistema educacional fazendo-o chegar a todos os estudantes. Envolve reestruturar a cultura, políticas e práticas em escolas para que eles possam responder à diversidade de alunos em sua localidade. Para uma escola inclusiva, as atitudes de todos na escola, incluindo administradores, professores e outros estudantes, devem ser positivas em relação aos estudantes com deficiência. Educação inclusiva significa que todas as crianças, independentemente de seu nível de habilidade, são incluídas em uma sala de aula e que serão atendidos como iguais para isso, os professores devem ajustar seu currículo e metodologias de ensino para que todos os alunos se beneficiem.
É importante observar que a inclusão é um processo gradual e contínuo, uma constante experimentação, erros e acertos são constantes e servem, ambos para aprimoramento, os acertos como exemplos a serem compartilhados e os erros como propulsores de novas estratégias. Não existe uma regra no trato de estudantes dentro do Transtorno do Espectro Autista, mas a troca de experiências e a constante formação profissional é um ponto importante para que os caminhos sejam facilitados na construção de um ambiente favorável e inclusivo, que consiga atender de forma positiva as necessidades destes estudantes.
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