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Inclusão
1.1 O processo de inclusão do aluno autista
Ana Inês Ballardin Drago

Resumo:
O ser humano, como ser social, começa a se comunicar com seu ambiente a partir do momento em que nasce, crianças com deficiência intelectual exibem menos comportamentos de iniciar e manter a interação social e dar feedback gratificante aos adultos, suas interações não verbais e atenção conjunta são limitadas.

Inclusão
Breve Resumo
O ser humano, como ser social, começa a se comunicar com seu ambiente a partir do momento em que nasce, crianças com deficiência intelectual exibem menos comportamentos de iniciar e manter a interação social e dar feedback gratificante aos adultos, suas interações não verbais e atenção conjunta são limitadas.
1.1     O processo de inclusão do aluno autista

Para que a escola inclusiva, não seja apenas um slogan vazio é necessário que haja empenho e dedicação de todos os envolvidos, a inclusão não pode depender do interesse, compromisso e entusiasmo de um ou dois indivíduos, para que seja bem-sucedida. A criação de um ambiente inclusivo, adequado e o treinamento de profissionais são um pré-requisito essencial para o sucesso, as escolas precisam compreender as necessidades dos estudantes, para que eles tenham motivação em permanecer no ambiente escolar.
A inclusão de alunos com transtorno do espectro do autismo (TEA) nas salas de aula da educação geral pode ser desafiadora e pode exigir apoio adicional. Cunha, (2016, p.23).
Ter um olhar pedagógico e sabermos como lidar na escola e como abordá-lo, os sintomas variam muito de indivíduo para indivíduo. Em alguns quadros, há o acometimento de convulsões, já que o transtorno pode vir associado a diversos problemas neurológicos e neuroquímicos.
É importante observar que, quando os desafios do autismo são compreendidos e abordados adequadamente, e o autista é aceito por quem ele é, o potencial de uma pessoa no espectro não é menos do que uma pessoa neuro típica. Muitos profissionais encaram o autismo como algo que precisa ser gerenciado ou controlado. No entanto deve ser encarado como uma neuro diversidade que precisa ser entendida e uma vez entendido, o potencial da pessoa pode ser desenvolvido em suas diversas habilidades. Baptista, (2003, p.9) diz:
[...] mais que um exercício de cidadania, ir à escola, para as crianças com psicose infantil e Autismo poderá ter valor constitutivo, onde, a partir da inserção escolar seja possível uma retomada e reordenação da estruturação psíquica do sujeito
Os estudantes com TEA apresentam desafios únicos para os sistemas escolares, garantir que eles recebam intervenção efetiva em ambientes escolares menos restritivos e inclusivos dependerá, em parte, do grau em que professores e funcionários da escola estejam preparados para implementar intervenções baseadas em pesquisa. Como afirma Carvalho (1999, p. 37),
[...] para que, em nossas escolas, o ideal da integração de todos, ou da não exclusão de alguns, torne-se realidade, é preciso trabalhar todo contexto em que o processo deve ocorrer. Do contrário, corre-se o risco de contribuir para maiores preconceitos.
Para garantir o sucesso dos alunos com autismo nas salas de aula de educação geral, os deve-se planejar de forma colaborativa, criar salas de aula estruturadas e ensinar lições de maneiras significativas e envolventes, devendo considerar intervenções que sejam mais eficazes na redução de comportamentos desafiadores normalmente associados ao TEA, a fim de promover a inclusão efetiva. Para isso o bem estar dos estudantes é fundamental e, sem dúvida para os portadores de necessidades especiais e com transtornos do espectro autista é ainda mais crucial e este bem estar vai além da proteção contra possíveis sobrecargas sensoriais e atenção à necessidade de se comunicar e ser entendido e cuidado, abrange a busca por justiça educacional e a resistência ao desejo de igualar as necessidades dos portadores de transtorno do espectro autista, pois não existe parâmetro capaz de igualar estes estudantes.
Compreender o Autismo é abrir as portas para o entendimento do nosso próprio desenvolvimento [...]. Os autistas não são antissociais... Simplesmente não os entendemos devido à nossa incapacidade de nos ajustarmos à diferença, seja ela que tipo for (CAVACO, 2014, p.46)
Existem muitas maneiras diferentes de trabalhar com crianças autistas, e elas são radicalmente diferentes umas das outras. A chave para o sucesso é manter-se intimamente conectado à experiência desses estudantes, o trabalho conjunto da família com professores, auxiliares, terapeutas e orientadores, não garante o sucesso, mas é um grande diferencial no desenvolvimento das múltiplas capacidades desses estudantes. Segundo Rivière (1984), a tarefa educativa de uma criança autista põe à prova os recursos e as habilidades de um professor.
Um dos principais objetivos da educação é fornecer instrução eficaz e desenvolver habilidades necessárias para que essas crianças sejam independentes, a educação não implica apenas em proteção e cuidado de crianças com autismo, mas também objetiva que esses estudantes desenvolvam habilidades que os tornem aptos a terem independência e mais participação, sejam indivíduos ativos na sociedade.
Para garantir uma efetiva aprendizagem, cada estudante deveria ser avaliado individualmente, considerando-se suas habilidades e necessidades, a fim de implementar um projeto de ensino personalizado, é claro, de acordo com o projeto da turma em que está incluído e das habilidades a serem trabalhadas com todos, a partir dessa avaliação, feita por uma equipe multidisciplinar, o “roteiro” de ensino seria elaborado, a fim de que o apoio ao estudante fosse consistente e continuo, garantindo assim o sucesso em sua carreira escolar, bem como sua inclusão.
Diversos estudiosos situam os esforços da inclusão em um contexto interativo natural, em que cada criança tem um papel a desempenhar, é preciso ver a inclusão sob uma perspectiva de melhoria na qualidade da educação. Um estímulo ao respeito pela diversidade, nesse contexto, a questão da inclusão faz parte de uma estrutura educação direcionada a todos os alunos, garantindo o desenvolvimento do potencial dos alunos da turma.
2.     CONCLUSÃO

Inclusão não é igual à integração, incluir uma criança com TEA na escola não significa incluir essa criança em todas as atividades. Em vez disso, trata-se de começar em ambientes de sucesso e construir outros mais desafiadores.
Toda criança é diferente, e isso é particularmente verdade para as crianças no espectro, o objetivo da educação é um processo e leva tempo para que todas as crianças se adaptem e aprendam, a escola é uma experiência muito social para todas as crianças, as crianças com autismo, em particular, têm grande dificuldade em interpretar sugestões sociais e fazer escolhas bem-sucedidas.
O tempo para receber informações e processar é quase o dobro ou o triplo de uma criança neuro típica, por isso ter um padrão claro e previsível para o dia dá às crianças com autismo, estabelecer uma rotina, torna as coisas mais fáceis para eles e melhora muito suas taxas de sucesso.
Não existe tratamento padrão para TEA. Existem muitas maneiras de maximizar a capacidade da criança de crescer e aprender novas habilidades. Quanto mais cedo os estímulos se iniciam, maiores serão suas chances de ter efeitos positivos nos sintomas e habilidades. Os tratamentos incluem terapias comportamentais e de comunicação, desenvolvimento de habilidades e / ou medicamentos para controlar os sintomas.
É importante observar que a inclusão é um processo gradual e contínuo, uma constante experimentação, erros e acertos são constantes e servem, ambos para aprimoramento, os acertos como exemplos a serem compartilhados e os erros como propulsores de novas estratégias. Não existe uma regra no trato de estudantes dentro do Transtorno do Espectro Autista, mas a troca de experiências e a constante formação profissional é um ponto importante para que os caminhos sejam facilitados na construção de um ambiente favorável e inclusivo, que consiga atender de forma positiva as necessidades destes estudantes.



Ana Inês Ballardin Drago
Daniela Capeletti Rizzon
Eliane Simone Fongaro Pezzi
Geovana Soldatelli
Veridiane Eloísa Dal Bo Maurina


Biografia:
Oi.
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