Você vai andando distraidamente
e nem percebe simplemente
na sua frente
Uma grande armadilha transparente.
Como fios de náilon, mais fortes que aço, inteligentemente,
Eles aparecem uma ameaça a você, o sobrevivente,
Quando uma depressão prende inevitavelmente
numa teia de aranha pronta para atacar você, o combatente.
Com o seu ferrão, a aranha suga a energia,
inibindo o prazer, a energia e a alegria
Por ser uma doença que no cérebro, quimicamente, interfere,
mas também com a falta de (auto)empatia se fortalece.
A aranha se aproxima e vai te envolvendo
com teias invisíveis se percebendo
Como alguém que não reconhece seu sentimento
Porque seu auto conceito está imerso no julgamento.
A depressão e a excessiva culpa fazem dessa teia
ser como uma grandiosa cadeia
em que a sensação de inutilidade, inadequação
e de insegurança invadem a energia criativa do coração.
As aranhas externa e internamente
se movimentam no sujeito dolorosamente
não conseguindo reconhecer suas necessidades
Porque não se vê como parte da humanidade.
Até o momento que a teia aumenta
o desejo de morrer que aparenta
ser o modo mais fácil já que a empatia
parece tão impossível numa cidade tão fria!?
Oh céus! A solidão é pesarosa,
quando esconde uma revolta silenciosa!
A angústia parece não ter um lugar,
Pois ela é vista como culpa a se carregar...
A depressão e a culpa são como grandes aranhas que assombram,
se aproximam, te picam e arranham,
como se fosse o culpado da angústia que estranha
a real causa ser a necessidade não atendida que a acompanha.
As teias de aranha são formadas
pelo estado de necessidades não identificadas nem expressadas
Porque o julgamento e a falta de prazer
são aprisionamentos que inibem a fala do ser.
É aquela fala que só sabe se expressar de um jeito
extremamente presa ao mesmo auto conceito,
mas que com outro modo de aprender, se perceber e se expressar,
com o poder da empatia, é capaz dessa mesma fala transformar...
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