Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Rua e a sua rua livre
Sergio Ricardo Costa



Morre esquecida entre as flores,
Antes de ir após a porta
Ser tolerada e logo, todas,
Tão vagamente vivas, morrem
Tanto e de forma tal, que vale a
Pena viver por este frágil
Sonho em nossas mãos,
Alguma honra em alguma força nova,
Pérolas duras não tão lindas,

E,

Rua e a sua rua livre
Tocam-se dentro e fora
Desta forma.

Porém nenhum estado
Sólido vence a crua sombra,
Coisas cruéis que só escondem
Passos da morte além da porta,
Passos à porta além da rua.

Vem pelo ar além do mundo
Tudo o que deva ser lembrado
Antes que passe desta linha
E mais que um olhar, a porta aberta,
Ou semelhança, cubra o mundo

Livre e a rua ainda à espera:

Nada demais já vinda a noite,
Nada dizer, só veio a morte,
Nada mais é possível.

Nada!


Morre esquecido entre as flores,
Sendo de novo um bom momento,
Antes de ir após a porta,
Para não ter só um sorriso e
Quase não ir com seu sorriso
Ser tolerado e logo todas
Pedras e flores ter ousado
Tão vagamente vivas,
Morre
Bem devagar,
Por fim, um gesto
Tanto e de forma tal, que vale a
Tanta razão (é mesmo uma
Pena
                   Viver) sob esta frágil
Venda coberta entre as frestas,
Sonho em nossas mãos, alguma
Meta a traçar limite, marca
Honra em alguma força, nova,
Época menos própria para
Pérolas duras não tão lindas
(Joias em nossas mãos),
Que alguma
Rua e a sua rua livre
Fria e sem ser destino agora,
Tocam-se dentro e fora
                                           Desta
Prova cabal que nada prova,
Forma, porém, nenhum estado,
Quer avançar enquanto o dia
Sólido vence a sua sombra
Falsa no ar,
                     Enquanto encontra
Coisas cruéis que só escondem
Antes de tudo, sua morte,
Passos da morte além da porta,
Muito aproveita dessa honra,
Passos à porta além da rua

                                             Suja
Em que amigos deram voltas,
Vem pelo ar além do mundo
Certa desculpa


                            E sendo apenas
Tudo o que deva ser lembrado,
Lembra, contudo, cada dia
Antes que passe desta linha
Da ladainha (várias vezes)
E mais que um olhar, a porta aberta,
Teme entre ir de um mundo a outro,
Ou,
Semelhança,
Cubra o mundo
A esperar alívio, o corpo

Livre e a rua ainda à espera:

E, infeliz, pensar no tempo,
Nada demais já vinda a noite
Como navalha funda e fria,
Nada dizer, só veio a morte,
Ver-lhe e falar-lhe com carinho,
Nada mais é possível.

Nada!

Antes de nós, o dia, sempre,
Morre esquecido entre as flores. 


Biografia:
-
Número de vezes que este texto foi lido: 61657


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Mãe houve Sergio Ricardo Costa
Poesias Céu da alma Sergio Ricardo Costa
Poesias Para sempre um plano Sergio Ricardo Costa
Poesias Dança moderna de um olho Sergio Ricardo Costa
Poesias Noturno beijo do desejo Sergio Ricardo Costa
Poesias Poesia é um galeto assado para o cérebro Sergio Ricardo Costa
Poesias Rosa Sergio Ricardo Costa
Poesias Abra de uma alma, o Grande Astro Sergio Ricardo Costa
Poesias Pendura o amor na varanda Sergio Ricardo Costa
Poesias Dias Sergio Ricardo Costa

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 171 até 180 de um total de 208.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
CIDADES UMBRALINAS - Henrique Pompilio de Araujo 62115 Visitas
Lágrimas em minha janela - Flora Fernweh 62115 Visitas
só - eder mauricio costa 62115 Visitas
Contribuição de baixa renda ao INSS: - Alexandre Triches 62114 Visitas
AMOR - MARCO AURÉLIO BICALHO DE ABREU CHAGAS 62114 Visitas
John Lennon no céu com diamantes - Nelson Marzullo Tangerini 62114 Visitas
A Psicomotricidade e Desenvolvimento Motor nas aulas - PAULA SANTANA MOURA 62113 Visitas
Resumo - Psicologia Jurídica - Isadora Welzel 62112 Visitas
“GESTALT”, CONTO DE HILDA HILST: - Flávio Henrique Menezes da Silva 62112 Visitas
Os Hackers, os Crackers e Nós - Max Bianchi Godoy 62111 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última