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QUEM SABE NÃO É UM MILAGRE
(Versão II)
GLEIDSON MENDES DE MELO

E eu nem quero mais saber qual a cor do céu desde que tive que partir...
Da minha janela o que vejo, não almejo e não desejo... O que meus olhos alcançam não me chamam mais atenção...
Mesmo podendo ter o mundo inteiro a minha volta nada que está aqui me satisfaz...
Nada vale sem você aqui comigo? Tudo fica sem sentido...
O mar não inspira mais canção, nem a serração da madrugada leva meus pensamentos a nenhum lugar artístico ou especial, ninguém quer mais poesias, nem cantar Vercilo ou Djavan...
Se você não vem, permaneço ausente...
Tudo é tão efêmero e agente perde tempo...
Não é querer demais ter você do meu lado... Aqui é frio... Vivo longe e sozinho, e você com tanta gente...
Vem fazer birra pra mim, minha menininha de seis anos, que te dou mil bem casados de presente...
Deixa-me montar essa armadilha pra prender você e te deixar igual um pássaro livre...
Caminha comigo, por onde eu for, pega na minha mão... Vamos traçar nossa estrada...
Que mal tem querer te fazer todo bem? O meu pecado já confessei... Eu mesmo me julguei, minha sentença eu já aceitei, vou ser teu refém... Já me prendi nas grades de teu sorriso, me deixa cumprir essa pena... Ser todo teu, prometo que vale a pena, é o pouco que te peço, tudo isso apenas...
A intenção é nobre, tudo conspira por nós e o universo, com todos os seus astros, já cruzaram seus dedos e, neste mesmo momento, já estão torcendo por nós...
A culpa é toda sua que me afundou no seu olhar? Não vá dizer que foi sem querer... Agora você vai ter que me salvar, eu te falei que não sabia nadar... E todo dia me afogo mais em você...
Já me perdi todo em você... Meu pensamento e meu coração já se aglutinaram, não sei mais quem é quem... Só seu que sou teu... Foi teu andar lidamente encantado que chamou minha atenção... Já de longe eu te avistei, tudo tão perfeito, cada gesto, cada palavra... Voz de anjo, no sotaque que mais amo... Sorriso lapidado por Deus, tudo tão mágico e tão verdadeiro...
Algumas noites simples e tardes esporádicas... Sem eu nem arriscar uma cantada, sem você demonstrar praticamente nada... Os dias passando... Um cinema a três, fotografias na chuva, um barzinho entre amigos, um “pseudo milk-shake” em uma última noite fria... Pára um pouco por ai... Por que já senti tanta falta de você depois desse dia...

Eu queria voltar, prá ficar com você mais, nessa mesma noite, ali em frente à tua casa... Como nasceu isso? Será que foi naquele momento? Eu não sei...
Teu telefonema na madrugada... Meu coração apertado... Parece que tiraram de mim o que eu mais amava, mas como? Se eu ainda nem tinha você? Também não sei...
Você despertou em mim o que eu nem sabia que habitava no meu coração...
Insana loucura... Sem beijos, sem abraços apaixonados, sem carinhos tão amados... Sem chambregos... Você pode definir o que aconteceu? Ou melhor, eu só sei “do que não aconteceu”... Mas sinto uma falta imensa de tudo isso...
Enfim...
Acho que o segredo, a beleza e o mistério residem mesmo nesse “arcabouço tão complexo”... Começamos (na verdade ‘nada começamos’, tudo ‘começou sozinho’, engraçado não é?) da maneira certa... O amor deve ser mesmo, como dizem, inexplicável... É tudo de bom junto, é aquela alegria que começa no coração e passa pela alma, só de pensar na outra pessoa o coração já acelera... E todo dia a gente acorda melhor, porque sabe que alguém nos ama tanto e mesmo longe conseguimos senti-la ao nosso lado, por onde passamos, até parece que a enxergamos e, em tudo que é belo e que fazemos de especial, desejamos estar com ela... O amor é estranho, é maravilhoso... Parece um milagre... Tudo isso deve ser mesmo amor e, ao mesmo tempo, milagre...
E milagres são raros, são lindos, são divinos... Iguais a você, meu amor...
Te amo minha querida!
Gleidson Melo


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