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PARA LEMBRAR-SE DAS CARTAS
GLEIDSON MENDES DE MELO

Do futuro? Quem sabe? Quem busca e rebuscar aos versos o avesso da vida...
Que passa por todas as datas, que pára em todas as horas...
São sonhos que vêm e que voltam... Das estações e dos meses se tocam...
Nascente do mar de Recife deságua no Rio em Janeiro...
E ama a mais linda princesa, o presente de Natal em Dezembro...
Advérbios de lugares, que o amor confunde com os de tempo...
Moldando a forma, o gesto e o jeito...
Fazendo o divino favor de não deixar a melodia do sentimento cessar... Afinal, ele é verdadeiro...
De um abraço apertado sem beijo, de cartas que ansiosas esperavas...
Sinceras palavras, pueris encantos... Fênix imortal, verbos atemporais...
O perfume do doce pecado exalando em tuas curvas perfeitas...
E eu me perdia, eu me encontrava...
Eram incoerências que teciam felicidades...
Lágrimas de alegrias que pareciam jorrar de uma Lagoa Seca...
O frio do mar no fim da tarde, o calor fervente de dois corpos cruzados...
O momento mais único, a conspiração do universo...
Duas ilhas, aglutinadas, na linha do horizonte... O atlântico e o pacífico unificados...
Desejava só uma escova, eu tinha cabelo, e ele assanhava...
Apressada, não percebeu, mal me notou, desatenta, me deu o coração...
Fez-me feliz... Faz-me bem... Gravou em mim seu segredo... Escondeu o código...
Cíclicas as simetrias da vida oscilam em ondas, carregam consigo a energia desse amor...
Nunca morreu, se lapidou...
De erros foi forjada sua pureza... Houve dor, houve mágoa, houve tristeza...
As margens de Confúcio não vencem mais a bravura da correnteza...
Da amplitude do “eu”, “sem demagogias”, como sempre foi...
Renasce, rústico e belo, o amor já provado... Maduro, puro...
Retorna ao princípio em outro instante... Ouro puro que virou diamante...
E o que resta, confunde a lógica... Desta vez não é o que sobra...
Canto de beija flor na tua janela, café na cama, beijo de bom dia...
Meu pensamento te busca ao longe... Não sei por que é assim...
É natural, faço questão que assim seja... Ser pra você o que desejas...
É como sempre foi, ainda vejo o brilho dos teus olhos naquela mesma estrela...
Aquela que outrora já cortava nosso mesmo céu...
Só pra você lembrar-se das cartas...
E já te vejo chegar, já te espero... Sinto perfume, esse que bem conheço...
Avisto ao longe, o perfeito caminhar, charme da mesma menina...
Maravilha, delícia...
E deixo o tempo continuar trabalhando...
Sabendo que esse incompreensivo, mas perfeito operário, tecelão da espera, sempre labuta perfeito, resolvendo as equações que Deus lhe da pra encontrar as soluções...
Estou certo de que em você já encontrei tais repostas... Amo-te!


Gleidson Melo, 28 de outubro de 2010
00h36min


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