Nas sombras de uma noite imperceptível, ouço o farfalhar das correntes e das jaulas em abertura, ouço os monstros se esvaindo do escuro para tomar conta das cidades. Urros e uivos são perpetrados e eu torno a olhar para a fresta em minha parede que me mantém escondida dos meus piores temores.
Sob a mesma fresta vejo monstros adentrando em o que era para ser minha antiga casa, onde agora é somente mais um lugar para conserva de alimento. Nós humanos.
Lembro-me facilmente de minha família, que estavam comigo até ontem, hoje não estão ao meu lado, numa busca desesperada por comida foram pegos por um monstro incomum, com patas de rinoceronte, chifre de unicórnio e incomumente era parecido com um centauro.
Já não estou em prantos, já se foram, logo eu serei a próxima. E o que me resta é esse caderno e um lápis que eu espero sinceramente que durem até o dia de minha morte, por fome ou sede ou até mesmo por ser devorada por monstros lá fora.
Com uma luz fraca consigo enxergar o que restou dos meus bens materiais, um cobertor e uma pequena conserva de alimentos restantes. E claro uma serra por precaução, a solidão que me enche chega ao seu limite, penso em me render e ter uma morte parecida com a dos meus pais, ou me manter viva e tentar sair deste lugar.
Sou uma presa fácil para os predadores lá fora, esse seria mais um pesadelo onde eu acordaria chorosa e meu pai chegaria ao meu quarto e me adormeceria novamente com músicas gentis e calmas com doces notas saindo de sua boca, com o respingar da chuva sobre o telhado e o vento sacudindo a árvore sobre minha janela.
Eu não vou acordar, eu entrei e para ficar em um dos meus pesadelos. Chamo-me Stefanie e sairei daqui viva, e sonho em algum dia poder encontrar um humano igual a mim.
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Biografia: Eu escrevo minhas inspirações, meu amor, existem textos que podem mexer com seus sentimentos ou seu psicológico, e eu espero que ao lê-los você se inspire, você renasça e se aconselhe.
"Existe tempo para tudo, não desista daquilo que ama, nem desista do que te faz bem, seja feliz apesar das considerações inconsoláveis, somos somente o vento que bate nas folhas das árvores." |