Num conceito histórico a palavra trabalho vem do latim tripalium, que significa, aparelho de tortura formada por três paus. Pessoas condenadas e animais difíceis de ferrar eram nele colocadas. Daí a associação do trabalho à tortura, ao sofrimento, ou mesmo a pena. Na Grécia Antiga já ocorria à divisão social do trabalho, baseada nas idéias de Platão que afirmava que aos melhores homens cabia a contemplação das idéias, o trabalho forçado ficava para os escravos.
Na Idade Média, segundo Maçaneiro (2002), São Tomas de Aquino tentou resgatar a igualdade de todo tipo de trabalho. No entanto, na construção teórica de seu pensamento, como os gregos, acabava valorizando mais as atividades contemplativas.
Na transição do Feudalismo para o Capitalismo, na Idade Moderna, os burgueses surgiram dos servos que compravam sua liberdade e passavam a comerciantes, setor da economia que se expandiu rapidamente.
Ainda de acordo com o auto, em conseqüência deu-se o acúmulo do capital que permitia a compra de máquinas e matérias-primas, diante disto, famílias tinham que se desfazer de instrumentos antigos de trabalho, obrigando então a venda de mão-de-obra, dando surgimento ao salário.
A divisão do trabalho ocorreu pelo aumento no volume da produção, este com um ritmo e horário pré-estabelecido, momento marcado pelo proletariado. A produção era vendida pelo empresário que ficava com o lucro, negando a fonte de trabalho ao trabalhador.
A tendência geral do capitalismo é constituir o homem com mero suporte do capital, que o determina, negando-o enquanto homem, já que se torna algo coisificado (torna-se trabalhador mercadoria e não trabalha autonomamente); torna-se capitalista – prioridade do capital e não proprietário das coisas (CIAMPA, 1984, p. 72).
Com o surgimento da máquina a vapor na Inglaterra, no século XVII, inicia-se o processo ainda maior de alienação e coisificação do homem, junto com a revolução agrícola e desenvolvimento metalúrgico. De acordo com Ciampa (1984), o homem foi destituído da identidade de trabalhador por meio da coisificação, processo determinado pelo modo de produção capitalista e não processo natural.
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