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HOSPITALIZAÇÃO NO BRASIL
Adalberto Romualdo Pereira Henrique

O inicio das instituições hospitalares surgiram a partir das duas grandes instituições dominantes no Brasil: a Igreja (por meio das Santas Casas) e o exército, principal representante do Estado português. Já em 1727 começava a funcionar o primeiro serviço hospitalar militar do Rio de Janeiro, no Morro de São Bento, que daria origem ao Hospital Real Militar.                         
Dizendo sobre os hospitais ligados à Igreja, quase sempre se originavam como instituições destinadas a apoiar uma ampla variedade de excluídos: órfãos, mães solteiras, velhos, pobres e, claro, doentes. (Foucal, 1974)          
Esse foco hospitalar se intercalava também nos primeiros hospitais vinculados a comunidades estrangeiras, com destaque para as Beneficências Portuguesas. Eram, em geral, entidades criadas pelas famílias mais ricas de imigrantes, como centros de apoio – financeiro social e médico – aos patrícios recém-chegados. O Real Hospital Português de Beneficência do Recife (PE) nasceu em 1855. Dois anos depois era criado o Hospital Português de Salvador (BA). Em 1859 surgiram, quase ao mesmo tempo, a Beneficência Portuguesa do Rio de Janeiro e a Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência, em São Paulo (Carlo, 2004).
O início das grandes campanhas sanitaristas promovidas pelo Estado também levou à criação de hospitais públicos de porte, principalmente no Rio de Janeiro, a capital. Múltiplos desses hospitais eram dedicados a especialidades desde seu nascimento. Era o caso do Hospital de Isolamento de São Paulo, inaugurado pelo poder público em 1880, em pleno combate a um surto de varíola. O serviço hospitalar assumiria, anos depois, o nome do sanitarista Emílio Ribas (1862-1925), afirmando-se como centro de referência no combate a moléstias infecto-contagiosas.                                   
Nove anos depois da criação do Hospital de Isolamento, começava a funcionar no bairro carioca do Caju o Hospital São Sebastião, instituição pública também especializada no tratamento de doenças infecciosas.
Alguns centros públicos seriam incorporados a Faculdades de Medicina, transformando-se em hospitais-escola. O Hospital das Clínicas de São Paulo, por exemplo, vinculou-se à Faculdade de Medicina da USP em 1944, dois anos antes da incorporação do Hospital São Francisco de Assis à Faculdade de Medicina, hoje integrante da UFRJ. O Hospital São Paulo, que abriu as portas em 1942, foi o primeiro nascido como hospital-escola, em ligação com a Escola Paulista de Medicina. (De Carlo, 2001)
Na época datada da segunda metade do século XIX, em paralelo à implantação de hospitais públicos dedicados especificamente à luta contra doenças infecciosas, o Estado passou a intervir também na área de doenças mentais – tratadas então em rigoroso isolamento. O Hospício D. Pedro II foi inaugurado pelo imperador em 1852, no Rio de Janeiro. Em 1898 era aberto o Hospital Psiquiátrico do Juqueri, no atual município de Franco da Rocha (Grande S. Paulo), nome do médico que organizou a instituição, enquanto Porto Alegre ganhava o Hospital S. Pedro. O importante Instituto Philippe Pinel, do Rio de Janeiro, nasceria em 1937 com o nome de Instituto de Neurossífilis. (Amarante, 2008)


Autores:
Adalberto Romualdo Pereira Henrique
Aline Oliveira Pais


Biografia:
Acadêmico de Terapia Ocupacional pela Faminas/Muriaé-MG.

Este texto é administrado por: Adalberto Romualdo Pereira Henrique
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