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Década perdida
Frustração da vida contemporânea
FERNANDO

Resumo:
Viver onde saber sempre será pouco e os valores das coisas fúteis valem muito, é atalho da vida depressiva, das frustrações, alguns param no tempo e outros ignoram sua existem e apenas sobrevivem como os jarros de barro, uma aparecia muito bonita aos olhos dos outros e vazia por dentro

Já é dez anos de angústia uma aflição, frustração de não sei o que, uma tortura, meus ouvidos já não aguentam mais de tantos ruídos à noite, a minha audição já não funciona e vem tomando minha atenção cada dia mais é um piso instável, um buraco novo a cada momento, cansado de rastejar de só correr atrás, valor ninguém dá, respeito você não tem, fica debochado e rude e com o tempo, perde a graça de existir, isso não me faz bem, ouvir os outros, não me faz bem. As pessoas não dizem coisas que vão te ajudar e sim o que elas querem e que você viva para agradar e morra sem amar, antes eram apenas dores no peito, virou agressividade, supremacia e arrogância, aliviaram minha dor. Mas morreu a minha essência, não posso mais, isso nunca foi pra mim, não calam a boca quando deveriam , pedem pra calar o tempo todo, é um sufoco. A carne sempre foi mais forte, as estruturas já não existem mais. Fé que merda é essa, ilusão criada, fantasia que te ensinam como o primeiro livro da escola, tem muitas figuras e não aprendemos nada. Porque não aprendemos com aquilo que não existe.
Minha ultima carta, mal lembro quando dei um sorriso de felicidade, o êxtase de estar bem e despreocupado com as coisas ao redor, quero sumir de mim mesmo, de tudo. Eu não queria esta ali, tudo muito rápido e meus sonhos são jogados ao chão e levados pelas águas como a panfletagem de algo qualquer, é uma droga, se ao menos houvesse drogas, ou apenas é só a droga existência, a dependência que elas nos trazem é a de querer viver, continuar o que?
Esqueça as preces elas não são ouvidas, o milagre é todo dia ter saldo na conta e não fazer qualquer dívida. É a vida fúnebre de quem sucumbiu a tolerância, a paciência, ao chamado bom senso.


Biografia:
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