A labareda sai da grande chaminé
Onde homens derretem montanhas.
Frio e pó são o que restam
Na empresa orgulhosa.
Como um sol mutante,
Nasce em horizonte próximo.
Faz dos dias cinzas
E, do futuro, fantasmagórico.
Para deuses e homens honrados,
Como amostra,
Do desejo incontornável de queimar,
Sugar e refundar o mundo.
Infernos guiados e vorazes
Executam rancores sem apelo.
Deformam e consomem o derredor;
Um planeta inteiro.
Um mundo fragmentado e faminto
Das carnes, dos sonhos e do dia a dia
Dos bichos, dos verdes e dos homens comuns,
Tomados como alimento.
Haverá saída deste presente armado?
|