Você já parou para pensar quantas notícias, fatos novos, frases feitas, textos você tem acesso diariamente? É tanta, mas tanta informação lançada à internet a todo o momento que o processo informativo virou uma festa. Ou confusão geral.
Você já se deu conta que de repente tudo virou muito, quando se trata da veiculação da informação? Que a cada hora que você acessa seu Facebook, Instagram, Twitter, Whatsapp ou email você é inundado com centenas de novas informações?
E agora? Como processar tudo isso? Como verificar a veracidade de tanto fato novo exposto e pronto para consumir? Mas, a pergunta que não pode e não deve calar-se: você se dá ao trabalho de checar os fatos que lhe estão sendo empurrado goela abaixo?
Ficou tão fácil apertar os botões para “curtir”, “copiar” e “compartilhar” uma informação que está à sua frente. Ainda mais, se for escrita com aspecto de “oficial”, com palavras bonitinhas, letras garrafais e aspecto inquestionável de idoneidade. Ai não tem jeito mesmo. Deve ser real.
O excesso extrapolou tanto nas redes sociais que a informação passou a ser propriedade de quem a compartilha, sendo verdadeira ou não. Se está ali, só pode ser verdade, se copiada e colada na linha de tempo, então automaticamente assume o estatus irrefutável de verdade.
E ai é que mora o perigo. Quando finalmente a palavra escrita assume seu papel de verdade inquestionável e instala-se no inconsciente coletivo fica quase impossível desvencilhar-se do conceito pre-estabelecido e pre-formado. Ao invés de libertar, o excesso passa a bitolar, desviar e comprometer o processo informativo como um todo.
Com tanta coisa a processar, a polarização da informação criou um monstro gigantesco e grotesco, aonde ninguém vai querer abrir mão de sua tão arraigada opinião pré-formada. E, se a verdade está comigo, não é possível que a sua possa competir com a minha.
No salve-se quem puder, quanto maior for a notícia, mais fácil será a manipulação da verdade e, consequentemente a desconstrução dos fatos. Com o aval da grande mídia corporativa, o efeito cascata toma proporções gigantescas e quanto mais, melhor. Mais fácil para desinformar.
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