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Em janeiro escrevi
Flora Fernweh

Escrevo nestas últimas horas do primeiro mês que me escapa, e constato que meu janeiro foi regado a poesias e a pensamentos transformados em palavras. Sinto-me mais inspirada pelo calor do verão, que me faz prostrar à escrita e às leituras livres, o recesso acadêmico também me faz bem e impede que eu perca meu dom na linguagem técnica e aprendível.

Soube que a uma hora dessas, chove no sudeste, e eu adoraria que o sul também estivesse sendo levemente banhado pelas últimas águas de janeiro, em melancolia pelo primeiro marco anual que se esvai, embora as águas que melhor conhecemos sejam as de março. Mas parafraseando García Márquez em sua mais recente obra, “Em agosto nos vemos”, posso dizer que em janeiro escrevi.

Talvez tenha sido o meu mês mais produtivo em termos literários, vejo poesia em quase tudo à minha volta, mas redijo apenas aquelas que rendem minimamente um poema ou uma prosa poética, porque me seria impossível descrever todas as belezas e tristezas dos meus dias, se assim fosse, simplesmente todo o tempo restante seria escasso para os outros afazeres.

Curiosamente, percebi que meus textos nada obedientes nem previsíveis obedeceram a um padrão: desde que 2025 começou, não se passaram mais de 4 dias sem que eu tenha escrito algo, logo quatro, o número venerado como mágico em algumas culturas, e que tenho comigo como um número da sorte.

Sou muito afeiçoada ao que produzo com as palavras, porque sei que elas não me pertencem, mas com elas posso criar algo que seja meu e no qual eu possa guardá-las para mim. Sei que o ano e os dias também não me pertencem, mas posso torná-los poesia por um instante e viver de de uma forma única em minhas ideias, conservando-os em minha memória sensível e letrada.

Janeiro costuma ser um mês excepcional, em fevereiro o ano já se parece mais com um novo ano, em março tudo se ajusta. Não prometo tantas palavras para o mês que se anuncia, porque o dever me aprisiona e reduz o brilho daquilo que me ponho a descrever, mas ouço uma voz familiar em meu âmago, me dizendo que as mais altivas centelhas poéticas ainda estão por vir!


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
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