| Terminado o café, Cícero lava a louça e Priscila sai para a escola, só terá 3 aulas, Selma decide por ir a feira do bairro junto de Giovana.
Cícero termina a limpeza da cozinha e vai para o quarto e logo sai dali, na área dos fundos ele usa o tanque para lavar algumas roupas que ele escondera para que ele mesmo fizesse a limpeza destas, nisso ele ouve um barulho vindo do quartinho dali, ele vai até o mesmo e ao mexer na porta nada, esta trancada, ele vai até a janela e vê dois sacos no chão, um liquido ali a escorrer e ele entende a situação, termina de estender suas roupas, de volta a cozinha ele pega o seu celular no armário e faz uma ligação, quando termina esta ele leva o aparelho para o seu quarto onde o esconde num buraco no forro da mala.
 Selma chega com Giovana ambas sorriem muito.
 - Que bom que estão animadas.
 Giovana vem até ele e entrega uma sacola com peixes, Cícero a olha curioso.
 - Prepare para a gente, compadre.
 - Sim, com todo prazer.
 - Estava falando com a comadre o quanto o senhor sabe fazer um bom peixe.
 - Obrigado, fico feliz que ainda pensa assim.
 - Sim.
 Cícero lava os peixes e já inicia os preparos para o prato.
 Priscila chega da escola e vê a mãe na costura enquanto Giovana faz um cachecol de tricot para ela.
 - Nossa que lindo vó.
 - É para você, que bom que gostou.
 - Nossa, muito lindo mesmo.
 - Obrigada querida.
 Selma olha para as duas e sorri, olha para Cícero que mostra as panelas no fogo.
 Todos comem muito bem o peixe cozido ao molho com legumes e espeiciarias, arroz com açafrão, polenta grossa e feijão de corda.
 Giovana sente o corpo mole de tanto comer, Selma lava toda a louça junto de Priscila.
 Giovana procura o quarto e logo adormece e Priscila vai também para seu quarto, Selma segue para a costura.
 - Não vai dizer que eu dopei as duas?
 - Sei que não o fez, elas que encehram demais o estomago.
 - Que bom, ainda tens bom senso.
 - Olhe, sabemos muito bem como vai terminar isso tudo.
 - Só espero que se demore tanto, afinal sua valia esta em prazo de término.
 Ela sai dali da máquina de costura e vai até ele.
 - O que diz?
 - Sua compra do quartinho.
 - Deixe que eu cuido do que me pertence.
 - É estranho estarmos aqui neste lugar tão formal.
 - Aonde quer chegar?
 - O que pretende fazer, terá de ser logo.
 - Sei de minhas capacidades e você nunca se meta em meus problemas.
 - Até por que seus problemas são todos eu.
 - Acho que esta dando muito valor ao pote, no caso você.
 - Quem sabe.  Cícero sai da sala e Selma o acompanha com os olhos, ele entra em seu quarto, logo ela ouve um barulho, Giovana acordara e vai ao banheiro.
 
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 Giovana se despede de todos sempre com o olhar em Cícero.
 - Muito obrigada por ter vindo.
 - Oras, sou sua comadre e a vó desta lindeza.
 - Obrigada vó.
 - Oh querida, olhe como é linda, não é Cícero?
 - Sim, comadre.
 Giovana torna a olha-lo com ar de curiosidade.
 - Comporte-se, não quero saber de problemas.
 - Com certeza será tudo que farei, me comportar.
 Giovana entra no táxi e logo o veiculo some na rua, Selma entra na casa seguida de Priscila, Cícero fica ali na calçada e ouve um barulho vindo de dentro da casa, ele vai para a casa e ao entrar na sala recebe um choque com a arma que Selma ganhara.
 - Ficou louca.
 - Que comece os jogos.
 - O quê?
 Outro choque e ele apaga, minutos depois ele abre os olhos e esta numa cadeira amarrado, agora ali Selma e Priscila olham para ele e ficam a andar pela casa.
 - Então é isso, o que planejou?
 - Nada de tão especial assim.
 - Quando?
 - Quando o quê?
 - Quando vão usar o presente que esta naquele quartinho?
 - Aquilo, olha como ele é curioso.
 - Tenho de ser, afinal sou a vitima aqui.
 - Você pode ser o que quiser menos vítima.
 - O que quer dizer?
 - Cale a boca.
 - Vamos diga o que quer dizer?
 - Cale a maldita boca.
 Selma lhe dá um soco no rosto e Cícero sorri ao recebe-lo, Priscila encosta a arma elétrica na perna do homem e dispara, outro choque e ele grita ali em dor.
 - Gostou velho sacana?
 - Sua louca.
 - Sou.
 Outro choque e ele desmaia, Selma olha para a filha que entende a situação, as duas seguem para o quarto.
 Já anoitecera quando Cícero acorda e vê a casa cheia de velas.
 - Não pagaram a conta de luz novamente?
 As duas riem daquilo enquanto Selma troca de roupa ali na frente dele, Priscila vem com um prato de sopa para ele.
 - Hora de comer, velho.
 - Não estou com fome.
 - Pouco me importo.
 A garota derruba aquele prato no colo do homem que grita de dor, Selma lhe dá outro soco e passa fita adesiva na boca dele.
 Agora Cícero desespera ao ver na mão de Priscila um serrote.
 - Podemos começar mamãe?
 - Lógico querida.
 Priscila vai até o homem e passa o serrote em partes do corpo dele de leve mais causando agonia e dor.
 - Pronto, ele já esta pronto.
 Os atos de torturas continuam com choques, golpes, e alguns furos leves de facas pelo corpo feitos por Selma e sob supervisão da filha.
 Até que o alarme do relógio da parede dispara e Selma o desliga.
 - Pronto, já podemos ir para o segundo tempo.
 Elas saem dali, Cícero usa este espaço para tentar escapar dali, seu corpo todo ensanguentado, ele consegue soltar uma mão e logo as duas, ele desamarra uma perna e quando tenta soltar a segunda ouve passos, ele retorna as mãos a posição e fica ali se debatendo.
 - O que foi garotão, quer sair daqui?
 Selma vai até ele e lhe tira a fita num só puxo fazendo ele gritar ali de dor.
 - Acho que já podemos ir, filha.
 - Sim mãe.
 Cícero sente um forte odor de combustível e percebe que fora jogado gasolina por ali, Selma risca o fósforo e joga no tapete encharcado este inicia-se a pegar fogo, Cícero sai da cadeira e avança na mulher que cai, eles entram em luta corporal ali, Priscila se desespera e pega uma faca cravando nas costas do homem, elas saem dali deixando ele no chão em dor.
 A casa é toda tomada pelo fogo, Selma e Priscila saem numa moto para fora da cidade, bombeiros e policia são acionados.
 Cinco meses depois, Giovana ali a olhar as fotos da neta e da comadre, fotos essas que ela tirara quando esteve pela última vez na casa.
 - Olha só, eu falei, eu nunca confiaria num homem como Cícero.
 - Amor, vamos, esta na hora.
 - Sim.
 É domingo e o casal segue para a capela rural na missa, onde o padre ao final faz um celebração especial em memória de Selma e Priscila.
 De volta a fazenda o marido de Giovana no volante olha para ela.
 - Amor, você não achou estranho não terem encontrado o corpo do seu compadre?
 - Aquele canalha, com certeza fugiu.
 - Mais o delegado e todos os outros oficiais disseram que ali era impossível salvar alguém.
 - Você não conhece o traste, aquele nem o diabo o quer.
 - Cruzes, ele é tão ruim assim?
 - Ele é muito é esperto, mal, esperto.
 - Você não gostava dele mesmo.
 - Sempre o tive como um traste e é isso que ele é.
 O veiculo segue para a fazenda.
 Fronteira Brasil - Argentina, numa pousada de luxo, Selma e a filha andam á cavalo e aproveitam de todo o serviço do lugar.
 - Mais suco madame?
 - Claro, obrigado.
 - Sim madame.
 O garçom serve as duas que sorri para ele, terminado o passeio elas se deliciam na piscina com água aquecida.
 - Que lugar maravilhoso mãe.
 - Olhe, agora somos primas.
 - Sim, primas.
 - Fernanda.
 - Karen.
 As duas riem daquilo.
 - Será que aquilo acabou?
 - Quer dizer, do Cícero?
 - Sim, ele morreu mesmo?
 - Tenho comigo que não.
 - Como?
 - Ele é muito inteligente com certeza tinha seu plano.
 - Será.
 - Acredite, ele é um rato em todos os sentidos.
 - E a madrinha?
 - A Giovana deve estar chorando a falta da neta.
 - Ela até que é legal.
 - Agora é passado.
 - Sim, prima.
 
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