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Ali amarradas, Selma vê Cícero preparar uma refeição, logo ele vem a elas.
 - Bom dia.
 - O que foi Cícero, o que te fiz?
 - Para mim, acho que......... ainda nada.
 - E então?
 - Não significa que não irá pretender.
 - Por favor nos solte.
 - Acho que vou, mais não agora.
 - Cícero.
 - Por favor, fique quieta mulher, tenho que terminar o preparo desta refeição.
 - Como assim?
 Selma vê o homem abrir a gaveta do balcão da cozinha, desta tira alguns vidros de medicamentos.
 - Cícero.
 - O que foi, acho que estes remédios são seus não?
 - O que pretende?
 - Somente alimentar-nos.
 O homem joga alguns comprimidos no caldo de feijão e doses de outro na carne ao molho.
 - Cícero, o que esta fazendo, isso é loucura?
 - Sério, a mesma loucura que esteve a fazer comigo durante todo este tempo em que estive aqui com vocês.
 - Se acalme, achei que você iria fazer........
 - Fazer, fazer o quê Selma, mata-las?
 - Por favor.
 - Acho que ficou sabendo de algumas estórias, com certezas contadas por aquele criminoso, seu fiel amante, pai de sua filha?
 - Eu não acreditei em nada, pode confiar.
 - Sei, eu acho, sim, eu creio, você só colocou medicação na minha alimentação, tipo, por precaução.
 - É sério, eu confio em você.
 - Que bom, por que eu também quero tornar a confiar em você, querida ex.
 - Cícero.
 - Acho até que deveríamos usar o mesmo quarto, se é que me entende?
 - Cícero, não faça nada com ela, com a minha filha, por favor.
 - Ah, a menina, não, jamais, eu não sou um monstro, acredite, eu tenho carinho por vocês.
 - Então nos solte.
 - Lógico, assim que a comida estiver pronta.
 Minutos depois as 3 ali na mesa, Priscila ainda um tanto sonolenta, corpo mole, leve, sem muitas respostas.
 O jantar ocorre de forma calma, porém Selma deixa cair por algumas vezes, lágrimas no prato, ja a garota ainda sob efeito dos remédios não esboça qualquer reação.
 Terminado a refeição, Cícero retira a louça e guarda as sobras, então ali diante delas.
 - Obrigado meu Jesus Cristo por esta deliciosa e provedora alimentação.
 Ali ele joga na mesa diversos comprimidos e os vidros dos remédios em liquidos.
 - O que significa isso?
 - Eu troquei os comprimidos por balinhas sem açucar.
 - Como assim, e os liquidos, eu os vi colocando.......?
 - Água, somente água.
 - Cícero.
 - Agora vou para meu quarto, mais uma vez obrigado pela santa refeição.
 Ele segue para o quarto, só então Selma sai de seu lugar e confere os comprimidos ali na mesa, ela lava a louça as pressas e pega sua filha saindo dali.
 Cícero ouve o bater da portão, abre a janela de seu quarto e vê mãe e filha sumir na rua.
 Ele sai do quarto, abre o armário da cozinha e deste tira um celular, faz uma ligação e sai em seguida, ali na frente da casa pára um veiculo e ele entra neste.
 Momentos depois, pára um carro com Giovana que desce agradecendo ao patrão da fazenda, ela abre o portão e coloca sua bolsa e mochila na varanda e bate na porta.
 Selma e Priscila descem de um circular e entram numa rua escura, logo o veiculo pára próximo e Cícero paga ao motorista, ele desce, anda em direção as duas.
 
 020721.....
 
 
 
 
 Cícero chega na casa e vê da calçada alguém sentado na cadeira junto a porta, ele abre o portão sem fazer barulho e se aproxima desta.
 - Boa noite.
 Giovana acorda e olha ali a sua frente Cícero, ela sai da cadeira.
 - Oi, então é sério mesmo, você veio morar com elas?
 - Olá Giovana, esta aqui ha muito tempo?
 - Cheguei há algumas horas, mais, onde estão as donas da casa?
 - Devo ter dado fim nelas.
 - O quê?
 - Fique tranquila mulher, elas sairam, não tardarão a chegar, acho, entre.
 - Onde elas foram?
 - Isso só elas poderão te dizer, por favor, entre, vou preparar um café para a gente.
 - Sei, olhe lá, não sou igual a elas que se emocionam por você, olha bem hein, você não me engana Cícero.
 - Vamos entre.   Ele abre a porta e a ajuda com a mochila, já dentro da casa Giovana corre para o banheiro, Cícero prepara o café e quando ela retorna para a sala ele oferece bolachas, ela reluta mais acaba por aceitar.
 - Obrigado.
 - Esta vendo, ainda continuo a ser o imprestável de sempre.  Risos.
 - Pare de graça Cícero, meu filho me contou muitas coisas, me deu provas sobre você.
 - Tenho certeza que sim, as provas que repassou para a Selma.
 - Somos amigas, comadres, se esqueceu, não fiz mais que o meu dever.
 - Sei, te entendo.
 - Agora me diz, por que a procurou, quando a Elisabeth morreu, te deixou montado na gaita?
 - Mais uma vez o seu querido filho lhe disse isso?
 - Quem mais seria.
 - Olhe, o que posso te dizer é.........    O assunto é interrompido pelo barulho da fechadura, logo Selma e Priscila entram na casa.
 - Comadre Giovana.
 - Ai que bom que chegaram.   A mulher olha para as duas com incertezas e certa desconfiança por ter ali junto delas Cícero.
 
 030721.........
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