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OCRE 4 IND 16 ANOS
DE RICO FOG E IONE AZ
paulo ricardo a fogaça

Resumo:
BOM

O homem sai pela rua, Selma guarda o endereço dele no bolso, dentro de casa, ela ajuda a filha secando a louça que a menina lavara.
    - Mãe.
    - Sim.
    - Quem é este homem?
    - Você não se lembra não querida, ele foi meu esposo ha muitos tempo atrás.
    - Então, ele é o..............
    - Não, querida, ele não é seu pai, se fosse eu teria te dito, mais ja que me perguntou ele trouxe noticias de seu pai, você quer saber?
    - Sim.
    Selma conta tudo a garota que Cícero lhe dissera.
    - E então?
    - Bem, não imaginava que meu pai fosse um ser tão ruim, assim.
    - Não filha, quando eu o conheci ele era tudo menos isso, na realidade a errada fui eu, era casada e tinha um marido, ele era muito jovem e.......
    - Mais ele não te cuidou, deixou que esse homem ai te mandasse embora, a senhora passou por tantos e ainda quer defende-lo mãe?
    - Ficou tudo no passado querida, não falemos mais disso, por favor, agora preciso saber, quer que eu tente fazer com que veja seu pai, o conheça e fale com ele?
    - Não sei, um lado meu diz que sim, ja outro diz que não.
    - Pois pense querida, só não se esqueça, bem ou mal ele é seu pai.
    - Eu quero, sim, eu quero ver o meu pai.
    - Vamos fazer o seguinte, vou ligar para uma freguesa antiga minha, o filh dela é policial, quem sabe ele não consiga para a gente uma visita.
    - Por favor mãe, obrigado.
    - Vamos ver, tomara que dê certo.

                      100621...…





                 Selma entra no hospital junto de Priscila e um casal, mãe e filho.
    - Muito obrigado dona Laura.
    - Nada, querida a gente é para isso um ajuda ao outro.
    Leonardo é o primeiro virar o corredor e quando elas chegam a porta do quarto.
    - Tudo certo, consegui mais terão pouco tempo.
    - Muito obrigado sr Leonardo.
    A porta é aberta, Selma entra e Leonardo junto que fala ao policial ali de guarda, Priscila entra depois.
    - Selma, é você?
    - Olá Humberto.
    - Como, como soube que estaria aqui?
    - O Cícero, ele esteve em minha casa.
    - Então ele te achou.
    - Como assim?
    - Depois lhe conto, e essa garota, é sua filha?
    - Sim se chama..........
    - Priscila, meu nome é Priscila.
    A menina olha para ele com certa alegria no semblante, logo seus olhos enchem de água.
    - Não me diga que........
    Selma olha para ele.
    - Sim, é minha e sua filha.
    - Eu sou pai?
    - Sim, há 13 anos.
    - Nossa.
    Priscila se aproxima dele aos choros e Humberto tenta abraça-la, mais ele sofrera algumas cirurgias e remoção de balas.
    - Pai.
    - Filha.
    - Então este é o meu pai.
    - Sou eu, seu pai e você é a minha filha.
    - Eu quero conhece-la melhor, saber de seus sonhos, gostos, você trata bem sua mãe?
    - Eu amo a minha mãe.
    - Meu Deus, eu tenho uma filha, filha, eu tenho uma filha.
    - Pai.
    - Que vergonha sinto da forma com que esta me conhecendo.
    Humberto sente forte dor com estocadas por dentro como que seu corpo fosse dilacerado.
    Selma se apavora, logo enfermeiros e médico ali para examinar Humberto.
    - Selma.
    - O que foi, fique em silêncio deixe eles te examinarem.
    - Por favor me ouça, fique aqui comigo, não deixe nossa filha junto dele.
    - Dele quem?
    - Cícero, me ouça Selma, ele não presta, ele não é nada do que aparenta.
    - Humberto, o que diz?
    - Não fique perto dele, não deixe ele frequentar sua casa.
    - O quê?
    - Ele matou a mulher dele, aquela, a Elisabeth, foi morta por ele.
    - Não pode ser.
    - Acredite no que te digo, ele não é bom, se tornou igual ou pior que eu.
    As dores ficam intensas e a visita é finalizada ali por ordens médicas, Selma sai com a filha pensativa naquilo que ouvira de Humberto.
    Dois dias depois, Humberto falece e ela e Priscila vão ao cemitério no enterro do mesmo, Giovana se aproxima delas.
    - Obrigado por virem.
    - Tudo bem.
    - Selma, sei que guarda mágoas de mim, mais.........
    - Giovana, hoje eu sei, nunca fomos amigas, comadres por conveniência, mais não guardo nada de ruim de você.
    - Obrigado.   Um abraço sela ali as duas.
    Giovana se intera dos fatos e assim fica a saber que é avó de Priscila, não escondendo sua felicidade diante ao dito, dias depois, ela vai em visita a casa de Selma, entregando para esta uma carta e um caderno, espécie de diário que Gio encontrou nas coisas do filho morto.
    - Olhe, eu trouxe por que nestes há algumas coisas escritas que podem lhe interessar.
    - Tipo, o quê?
    - Leia com atenção, calma, por favor.
    - Esta certo, sim eu vou le-lo, obrigada.
    As duas ficam ali papeando até que Gio se despede.
    - Bem, acho melhor eu ir, tenho algumas coisas para fazer e também não quero ficar te atrapalhando.
    - Quando quiser, pode vir, gosto muito de receber visitas ainda mais a da vó de minha filha.
    - Obrigado de todo coração que pode nos contar, me deixar participar junto de vocês desse momento divino, uma neta, não imagina o quanto estou adorando isso tudo.
    - Eu sei, e me desculpe senão o fiz antes é que tinha minhas razões na época, venha quando quiser.
    - Te entendo e mais uma vez obrigada, ficarei por um tempo sem poder vir por que irei me mudar.
    - Para longe, por que?
    - Vou para uma fazenda, sabe, conheci um capataz ai, decidimos morar juntos.
    - Que bom Giovana, você merece a felicidade.
    - Nós merecemos, não se esqueça disso viu.
    - Vou me lembrar sempre.
    - É sério, não foi por que no passado aconteceu o que aconteceu contigo e o Cícero, aquele canalha, não vai ficar ai, vá a luta conheça um homem que te fará bem e tratará sua filha, minha neta com o amor que Humberto não teve para com as duas.
    - Obrigada Giovana.
    - Tchau.
    - Tchau.




                   Selma abre o caderno após terminar um vestido, Priscila fora para a escola, ali sozinha, ela inicia a leitura deste e logo se assusta com o quê lê.
      Horas ali a ler até fechar o caderno e inicia a leitura da carta quando.
      - Mãe.
      - Filha que horas são?
      - Já quase 12 horas.
      - Céus, me perdi aqui lendo as coisas de seu pai.
      - Me deixe ler.
      - Depois filha, infelizmente há coisas aqui que você não deveria saber.
      - Por que mãe, a senhora mesma disse que não vamos ter segredos?
      - Esta certa querida, só me deixe terminar isto.
      - Tudo bem, mãe.
      - Agora vá se trocar e eu vou preparar nosso almoço.
      Logo ali na mesa arroz, feijão, abobrinha batida, torresmo e salada de alface.
      - Nossa mãe que delicia.
      - É, eu tinha quase tudo já feito e guardado na geladeira.
      - Por isso te amo mãe.
      - Nossa, só pela comida, é isso?   Risos.
      Depois do almoço, Priscila vai descansar em seu quarto, Selma guarda o restante da comida e lava a louça deixando esta no escorredor.
      Terminado ali ela continua na leitura da carta até terminar, ela vai ao banheiro lava o rosto e se olha no espelho, arruma os cabelos e passa batom nos lábios, sai para o quarto onde Priscila adormecera e deixa um recado no criado saindo.
      Dentro do táxi, Selma lembra-se de cada trecho do caderno e da carta e quando o motorista para o veiculo ela desce deste num vestido simples porém muito bem feito por ela, caminha por uma rua íngrime e entra numa viela até parar frente a um grande portão de madeira.
      Ela bate palmas até que sai ali um garoto de bermuda.
      - Olá, você pode me dizer se aqui mora um senhor por nome de Cícero?
      - Cícero, ah sim, um velho safado, mora no último quarto.
      - Obrigado.

            140621....








                    Selma anda lentamente olhando todo aquele ambiente, crianças, velhos, mulheres, falando alto, outros a observando, um cachorro tenta uma investida mais é parado pela sarna e pulgas se coçando todo ainda rosna para ela.
    Bem no meio do terreno parte calçado e parte em pedras, descarte de demolição, entulhos bem moídos.
    Um tanque com nove bocas e seis mulheres ali a lavar roupas, mais adiante 3 pias com algumas meninas a lavar louças, 3 meninos chorando ainda a exigir colos e cuidados especiais, rostos ranhentos, sujos, copos com sobras de leite jogados ao lado destes, enfim ela avista o último quarto, sem reboco, porta de madeira também fruto de alguma demolição.
    Ela leva a mão para bater nesta quando a porta é aberta por dentro, repentinamente, ali de short esportivo sem camiseta, Cícero mostra um aspecto de desleixo e de quem acabara por acordar.
    - Oi.
    - Selma, você aqui, você veio até aqui?
    - Você me deu o endereço e eu resolvi vir te ver.
    O homem a coloca para dentro o quarto, Selma se vê dentro, uma cama de solteiro, 2 cadeiras, um fogão de duas bocas, 3 caixas de isopor, 2 caixas de papelão com roupas, ao canto 2 caixas plásticas, destas de entrega de supermercados com pouquissimos mantimentos.
    - Você quer beber algo?
    - Água, pode ser, água.
    Ele sai dali e logo retorna com uma moringa pequena de barro, serve água para ela num caneco de time em alumínio um tanto sem brilho.
    - Obrigada.
    - Quer mais?
    - Não, obrigada.
    - Então é aqui que esta?
    - Sim, me mudei para cá assim que consegui minha aposentadoria.
    - É um lugar bem cheio, digo o quintal, sabe...........
    - Sim, um cortiço, sabe, o valor do aluguel as alturas aqui para mim esta bom, não é tão caro.
    - Sei, você cozinha aqui mesmo?
    - Sim, acabou o gáz mais amanhã eu comprarei um outro.
    - E, para hoje?
    - Tenho pão, ovo, eu uso o fogão de um colega ali ou vou num bar 3 ruas acima, bebo algo e a dona frita o ovo para mim na faixa, entende?
    - Por que Cícero?
    - O quê?
    - Por que e como chegou nisso, afinal você sempre foi um homem com reservas, não gastava nada á toa, como ficou assim?
    - Acho que foi falta de juizo.
    - É, acho que foi isso mesmo.
    Ali na cadeira ela olha o homem coçar a perna e percebe 2 cicatrizes na canela deste.
    - O que foi isso?
    - Isso, nada.
    - Cícero eu te conheço.
    - Eu me machuquei, cai de um trator, sabe, isso acontece.
    - Sei.
    Ela olha para o relógio no pulso e se levanta.
    - Acho melhor eu ir, logo a Priscila acordará, já deve ter acordado e não quero que ela fique preocupada.
    - Você vai vir de novo, prometo que vai encontrar o lugar bem melhor do que hoje?
    - Talvez, sim, eu volto, um outro dia, tchau Cícero.
    - Tchau.   Selma sai dali ainda sem acreditar que o homem com quem convivera chegou a uma situação a qual nem ela sozinha e com uma filha chegara.
    Ao chegar em sua casa, ela conta para a filha tudo o que vira e ambas decidem que vão a casa de Cícero e lhe fazer uma proposta.


                             160621.....


Biografia:
amo escrever e ler
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