E os horizontes,
que se afogam
nos mares verdes
ou azuis,
por vezes,
não me dizem nada.
Emudecidos estão
meus gritos d’alma,
e as mãos cruzadas,
em preces surdas
não proclamadas.
Já não sinto mais
o que sentia.
E, por isso, a cada dia,
percebo que não sou mais eu.
Senão uma imagem triste
de um personagem
que não mais existe:
um fantasma que morreu.
Rio, 14/02/2018
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