Do olhar penetrante,
Ocioso e unitário,
Redondinhos burrinhos,
Ressecados
(Na merda instantânea)
E escolhe
Outro minuto e retire
A imagem dos peixes
À passagem de outrora
E nas palavras, vereda
Desvendada no gosto
Insistente daqueles
Sentimentos de pedras;
Improvável desfecho
(O que para um sirva),
Não teria morrido,
Se soubesse a verdade:
Nem veria o que era,
Não seria (e não era)
Mais fecundo por dentro
Que a coragem que ousa
Um desenhista,
Igualmente mentiroso:
Dor no quanto não consegue
Com a coragem que finge,
Misturar-se na bomba
E resolver implodir-se
(...)
Apenas levantou-se
De sua fantasia de gente
E avançando para ser elevado
Pela grande vontade
De não ver qual vontade é a vida
(Igual todo palhaço,
Que nunca abraçou),
Desabrocham
As palavras,
As palavras, se ditas
— Nem tantas
São palavras bonitas,
Semear três palavras,
Um minuto certinho,
Pretender desatinos,
Resolver seu problema...
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