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Dores, horrores, Dolores e flores
Sergio Ricardo Costa




Já se engravidam as boas promessas,
Para lembrar, impossíveis,
Que são
Fórmulas mágicas;
Mágicas, mas guardam-me:
Guardam-me como esquecido
Entre retratos lançados na terra,
Falam comigo e aquilo que sei,
Quer renascer, sem querer me entregar
Para um retrato apagado de um homem
Velho

E qualquer aliança... independe,

Desde o seu prato roubado,
Ou até sua invencível justiça,
Senão
Outra, que venha brilhar
Em seus olhos
(Vagos na tarde),
Sem nada que impeça
Uma das mãos
Da poltrona erguer
Com inteira certeza.

Ou depois
(Como se a última sombra nas árvores),
Brilhar com sol na moeda dos olhos;
Que de manter-se, ordinário quebrar,
É um amanhã tolerante que vem.

Como é difícil a última data
E tudo que é dela, o melhor que consegue,
Nunca é demais realmente viver...
Preso a um último fato
Por si só, engravida-se
De vastas promessas,
Sem emitir seu agrado ou palavra
Tórrida, deve adiar,
O maior número
(Mais do que a mera razão, quando brilhavam estrelas) a cada
Passo, que, estranho sofreu, perseguindo
Dores melhores que amigas;
Não mais
Tragam horrores nem grandes paixões.

Próximo passo, Dolores,
Palavras,
Fecha-se a bordo de ruas e flores,
Como ao invés de um rio, não vá;
Triste por sua história,
Senão
Como destino formado por fatos
(Líricos),
Mais apressados que tudo
— Resta deixar-se até o final,
Como se deixando, até mais não crer
Seja um arquétipo válido,
Enquanto nada mais valha
O melhor que consiga,
Hoje,
O que jaz

Escondido

No chão.


Biografia:
-
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