Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Ou fica forte, ou fica corcunda
Sergio Ricardo Costa




E trinta graus
Ou mais
Inclinado,
Inteiro aponta uma das pontas,
Ou finge ser sarcasmo o sorriso,
Ou finge ser sorriso o sarcasmo,

Ou chora como canta um pouquinho,

Robusto sobre pontas de ferro.

Nenhum talvez nos olhos de jeito,
É quem o corpo vai transportando
Com bala torta ou balas e os tiros,
Até que estes deem auxílio
Enchendo a casca frágil ainda:
Nada, de vez, no meio dos dias,
Progride em vão no mundo das coisas
                                                 Modernas,
Isto que mal conhece,
O passo além da vida e da morte
Barata que por certo renova,
Com mais desprezo que pensamentos
                                                      Solenes,
Mais motivos secretos
Que apenas medo e só totalmente,
Num poço escuro, muito quietinho

Ou fica forte, ou fica corcunda,

Ou sua pança se torna distinta
Em torno de você ou por partes
Lhe traz
               Vantagem (certo: nem sempre...),
                    Ou fica morto, ou cata cavacos,
Ou mais que isso ou nem mais importa
Que seja assim qualquer garantia
Ousada, ousada e plena nos olhos
(Em pranto), a vida em frente nos vastos
Desenhos do futuro,
                                         O caminho
Que vai levar a dor, mas negando
A dor, renova ou perde ou ainda
Ressoa a mesma dor: ou corcunda
Ou forte, novo em folha, ou disforme,
Ressurge, velho em mofo, debaixo
Do armário, muito tempo passado

Depois de morto (ou torto): mais morre

Que fica forte.

E frio, dormente,
Intenso ator matando a pessoa;
Há tanta dor eterna e contínua,
Neurose franca, áureos passados,
Que fica fraco e com dor na bunda:

Corcunda, não mais ereto,

Ou passeia
Nu feito o rei
Que viu as pessoas
Sorrirem tanto...

Que riu também.



Biografia:
-
Número de vezes que este texto foi lido: 61643


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Há mais tormentos em ser que em esperar Sergio Ricardo Costa
Poesias No silêncio milenar Sergio Ricardo Costa
Poesias Parceiros pelos pares de pênis Sergio Ricardo Costa
Poesias Restrições em concluir Sergio Ricardo Costa
Poesias Alma, esta coisa suja protegendo os corpos Sergio Ricardo Costa
Poesias Pano, linha, pano... Sergio Ricardo Costa
Poesias Nem sei que o mundo Sergio Ricardo Costa
Poesias A aproximar-se se desfaz Sergio Ricardo Costa
Poesias É como dor que a flor cresce Sergio Ricardo Costa
Poesias A cor do eu acordou em mim Sergio Ricardo Costa

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 208.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
Jornada pela falha - José Raphael Daher 63461 Visitas
Os Dias - Luiz Edmundo Alves 63457 Visitas
O Cônego ou Metafísica do Estilo - Machado de Assis 63251 Visitas
Insônia - Luiz Edmundo Alves 63213 Visitas
Namorados - Luiz Edmundo Alves 63209 Visitas
Viver! - Machado de Assis 63182 Visitas
A ELA - Machado de Assis 63077 Visitas
Negócio jurídico - Isadora Welzel 63035 Visitas
Eu? - José Heber de Souza Aguiar 62962 Visitas
PERIGOS DA NOITE 9 - paulo ricardo azmbuja fogaça 62899 Visitas

Páginas: Próxima Última