Abandonou a bebida e a surra do pai.
Fugia também do desemprego e outras dificuldades.
Contra todo desajuste, colocou-se a andar.
Primeiro com a bicicleta. Até que esta se foi.
Depois a pé, ainda que não aguentasse mais.
Ia sempre abaixo no mapa, como na caricatura de um inconsciente submerso.
Andar foi lidar com aquilo que não se podia pronunciar.
Na dificuldade de um lugar para dormir,
o que comer,
— percalços do andarilho,
apenas uma coisa parecia mantê-lo inquebrável.
Escrevia.
Como se das palavras cimentasse um novo caminho.
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