Fui caminhando, [em um vão, tropecei
Em um pensando de sentimentos
Coisa confusa, [em vão, trapaceei
Coisa obtusa, pesando meu ser
E vim ruminando,
[tal como a rês]
Lembrando a vida,
[o que tão me fez]
Fiz-me injusto,
[mais uma vez]
A vida sou eu,
[jamais vocês]
O martírio do poeta é ser apenas estafeta
O suplício do poema é fazer-se filipeta
Das dores do seu eu, das cores lá do céu
À sina do carteiro [há tanto a se entregar...]
À pena do poeta [por tanto se entregar...]
Apenas o soneto [e muito por dizer...
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