As noites se tombam
Serpentes nos rios
Em espaços frios
Nos assombros dos leitos
Estes se descobrem fundos
Dos vales e dos sonhos
Onde dormem as árvores
Arrastadas pela chuva
Os rios pronunciam
Na noite o teu nome
Como margem e vento
Que embalam as árvores
Em seus últimos sonos.
A água respinga
O gemido das folhas
E a correnteza calma
Do eco e do lodo da manhã
Nus, os rios se tocam
Para desenhar no barro
Da margem o teu nome.
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