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As vezes quando olho para dentro dos olhos dele percebo que amo certo. Só aí percebo que perco muitos segundos pensando em bobagens, quando na verdade eu deveria prestar atenção em só amar.
As vezes olho dentro daqueles olhos, vejo e percebo que eu moraria ali. Ali, em meio aos tons de castanho que nunca fui muito fã e, hoje eu amo, amo admirar, amo me afogar, amo desejar e amo mais que tudo amar.
Quando sinto aquele abraço caloroso, apertado chegando por trás de mim vale a pena cada dia que passamos lutando contra a distância.
Quando deito em meio aqueles braços, em meio aquelas batidas daquele coração, quando descanso sobre o peito dele sinto que eu poderia me desfazer.
Não há outro lugar que eu poderia chamar de meu.
Nenhuma briga, cisma, ciúme poderiam ser motivos suficientes para amar menos, para quere-lo pouco, para deseja-lo longe.
Nada nesse mundo me preparou para o dia em que eu encontrei ele. Nada nesse mundo hoje poderia me preparar para todo amor que sinto dia após dia.
Nem quando tudo não são flores eu deixo de amar.
Nem quando tudo não são flores eu deixo de querer ter.
Nem quando tudo não são flores eu deixo de almejar querer estar perto.
Todos os dias desde que o conheci minha missão tem sido nos perpetuar.
Perpetuar o amor, o laço, o querer, o ter, o carinho e a confiança que depositamos em nós assim que nos conhecemos.
Perpetuar a cura que criamos para os nossos passados tortuosos, curados por cada um de nós.
Ele representa para mim a chance.
A chance que eu não esperava ter, mas a desejava.
A chance que um dia eu senti desvair.
A chance que eu tanto quis alcançar e me vi vislumbrir.
Me afrouxei de tentar.
Quando assumi para mim que eu não acharia o que eu na minha cabeça imaginava, ele então me encontrou.
Como eu poderia mostrar que sou grata? Alguém poderia me dizer?
Pois, a única forma que tenho para demonstrar é amando, o eternizando em cada pequeno espaço vago em mim.
Até mesmo quando o perdi, quando achei que devia desistir eu o amei. Amei como a chuva ama a terra, como as formigas amam as migalhas, como as folhas amam o sol, como o calor ama a sombra.
Sinto que cada dia que passa fica mais difícil distinguir o que é viver sem ele. Não por obsessão, mas por me sentir a vontade com quem ele é, poder ser quem eu sou. Ser autêntica, ser egoísta e ao mesmo tempo ser caridosa. Ser dura mas ser amorosa. Ser engraçada e ser sem graça. Odiar chorar na frente de alguém mas não ter vergonha de chorar no colo dele. Ele é quem sou, é quem busquei ser, quem busquei achar.
Como um cão farejador procurando pelas pistas, pelo cheiro e pela intuição.
Se ele não houvesse me encontrado talvez eu não tivesse as respostas que tenho hoje, talvez eu não soubesse o que é de fato amar.
Mas aqui estou eu, mais uma vez nos perpetuando.
Eu nunca vou me arrepender de ter lido aquele nome na minha barra de notificações.
Não vou me arrepender um dia de ter respondido aquele "oi". Sequer serei capaz de me arrepender de mesmo sem saber, ter amado com todas as minhas partículas, com cada batida minha.
Que prazer, ter encontrado o meu amor e poder viver ele.
Que prazer, ter você e saber que cada último segundo do dia vou terminar amando você.
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Dedicado á Breno Gabriel Santos Cruz.
Uma das cartas do meu livro digital que ainda irá ser lançado.
Para você, para mim e para história que estamos construindo.
Não há distância que nos separa se há um céu que nos une. Nosso céu sempre será o nosso amor, que é mais forte do que todos as forças que já presenciei.
E eu te amo, dia após dia, até nos encontrarmos em outra vida.
(Todos os textos com direitos autorais.
Plágio é crime.)
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