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A importância das relações interpessoais no contexto escolar
DANIELA GIRARDELO E VALQUIRIA ZARDO

A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO CONTEXTO ESCOLAR

As relações interpessoais são fundamentais para que a escola torne-se um lugar de aprendizagem, de eficiência e ao mesmo tempo prazeroso para todos que compõe a comunidade escolar. Precisamos aprender a conviver com as pessoas e saber “lidar” com as situações adversas e conflitos que vierem a aparecer. Um grupo entrosado está fadado ao sucesso; seja na relação do professor com a equipe diretiva, dos docentes com os alunos ou mesmo entre equipe diretiva e pais.
Temos conhecimento que quando há um bom relacionamento entre professor e alunos, a aprendizagem torna-se mais efetiva, há menos evasão e repetência. Também é sabido que quando existe um ambiente agradável na escola, com gestores comprometidos e parceiros dos seus professores, os docentes sentem-se acolhidos e tornam-se engajados em fazer e buscar o melhor pela mesma.   
O afeto está sempre ligado a sentimentos como carinho, ternura, simpatia. Só que na verdade o afeto mantém relação direta com a cognição, inteligência, pensamento e comportamento. Jean Piaget foi um dos que destacou a relação entre afetividade e cognição. Não há como pensar sobre o desenvolvimento e o processo de aprendizagem das crianças sem refletir sobre a influência da afetividade em ambos.
Para Piaget, a afetividade é quem impulsiona as ações que resultam no progresso do indivíduo, tanto no seu crescimento como pessoa, como na sua intelectualidade, e essa afetividade só se destaca em conjunto com a inteligência, pois esta é quem fornece as ferramentas para alcançar a aprendizagem.
A teoria psicogenética de Piaget confere muita responsabilidade aos pais e professores, pois deles depende em grande parte a estimulação que faz a estrutura mental da criança desenvolver-se de forma rica e flexível, ou pobre e rígida. O mesmo acontece com relação ao desenvolvimento das emoções.
O trabalho coletivo, segundo Piaget, tem o papel de mediador das relações e de instigador da capacidade de participação, cooperação e respeito mútuo. O trabalho coletivo socializa, estabelece laços de afetividade e permite à criança perceber-se como parte de uma coletividade, superando seu egocentrismo. Para ele, o educador não é o detentor do saber, mas o facilitador do processo ensino-aprendizagem. O aluno não é mero receptor de conhecimento, mas o agente ativo que o constrói. A relação professor-aluno deve ser de respeito mútuo e cooperação.
A base para construir um ambiente propício à criatividade, inovação e aprendizagem estão na autoestima, na empatia e na afetividade. Também é necessário que haja motivação, pois só aprendemos aquilo que queremos e quando queremos.
            Para que haja uma boa relação interpessoal no ambiente escolar é necessário que todos busquem um objetivo comum, que sintam-se parte e também responsáveis pelo sucesso do grupo, assumindo responsabilidade pelos resultados obtidos.
O professor precisa estar atento às relações interpessoais que estabelece com seus alunos para criar bases e laços sólidos que os ajudem no desenvolvimento humano e na sua aprendizagem.

Os laços entre alunos e professores se estreitaram e, na imensa proximidade desse imprescindível afeto, tornou-se importante descobrir ações, estratégias, procedimentos sistêmicos, reflexões integradoras que necessitam ir muito além de um singelo “sou seu professor e gosto muito de você.” (ANTUNES, 2003, p. 12-13).

A escola tem papel fundamental na formação do indivíduo, na formação da sua cidadania. Para haver aprendizagem é importante que o aluno tenha uma relação de confiança, admiração e respeito pelo professor. É necessário que se tenha relações saudáveis no convívio escolar, valorizando as experiências, os saberes, com proximidade e empatia.
A figura do professor pode ser favorável ou não à aprendizagem, visto que muitos alunos dizem não aprender a disciplina pois a atrelam ao professor. Uma pesquisa realizada pela revista norte-americana Times revelou que os melhores professores dos Estados Unidos não eram precisamente os que usavam as técnicas de ensino mais refinadas. Os melhores professores eram aqueles que, estimulados por seu entusiasmo, encontravam maneiras próprias de ensinar.
           Por outro lado, cabe ao gestor (diretor) liderar a equipe escolar, em busca de uma educação de qualidade, baseada em ações democráticas e no bom senso. Também é sua tarefa trabalhar com os conflitos e com as mais diversas características do indivíduo, visto que cada pessoa tem suas próprias peculiaridades, visando o interesse de todos e compreendendo que o sucesso escolar depende de todos os profissionais que fazem parte da escola. ( da secretária até a merendeira)
           Um bom gestor deve ser dotado de competências emocionais, as quais são essências para que ele saiba lidar com os conflitos no seu ambiente de trabalho. A habilidade para perceber a si mesmo e aos outros, o saber respeitar o limite de cada um e as diferenças torna-se mais importante do que o tamanho do intelecto. A maior parte dos cargos de lideranças bem sucedidas não é ocupada por aqueles com maior inteligência intelectual (QI) e sim por aqueles que apresentam melhor gerenciamento de suas emoções.
O autoconhecimento é um dos principais caminhos para termos bons relacionamentos interpessoais: pois se temos dificuldade em nos aceitar, em perdoar, reconhecer nossos erros e entender a nós mesmos, certamente teremos todas estas dificuldades com as pessoas que convivem conosco.
          Cabe a nós buscar sempre por uma boa convivência com todos que fazem parte da comunidade escolar (pais, alunos, professores, gestores e funcionários); pois todos estamos focados num objetivo comum: a aprendizagem dos alunos e a aquisição de valores por parte dos mesmos; que os levem a crescer não só intelectualmente, mas também como “pessoas de bem”.
              Daniela Girardelo
              Valquiria Zardo




Biografia:
PROFESSORAS

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