Eu escrevo para ninguém.
Mergulho nas minhas tristezas e arrependimentos e me perco neles.
Navego pelo caos desabaladamente sem expectativas de qualquer coisa. A ordem e as explicações da concretude me sufocam então fujo. Uma fuga ensandecida pelo universo do sem sentido que me abraça. E me realizo. Enfrento o caos das palavras e as escravizo na folha... submetida a mim suplicante pelo suplício de ser á única coisa que controlo e me imponho.
Flutuo nos sonhos das palavras e ideias soltas desordenadas que me alegram. E rio do sem sentido que escrevo e não relevo a ordem exterior que só quer submeter e ter razão... no papel e na minha mente mando eu e não me importo com as regras e o mundo que é apenas o seu.

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