Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
A cor do eu acordou em mim
Sergio Ricardo Costa



Verdadeiramente
A mentira...

Mas a cor doeu, tão
                                    Mentirosamente —
Que a verdade se afastou, constrangida —
                                                                Do dia.

E aos poucos, como estrela no horizonte
Aceitou, convicta,
Muitas sombras beneficiárias
Do meu velho sentimento de mundo:

Era um triste dia (ou era a noite)

O que se acomodou de maneira
                             Clara e simples
Entre uns dez tijolos magros,
Afetando decisões das verdades, que afirmo,
Feitas de ar no vento da madrugada,
Sigo e quando sigo,
Vejo em parte o mesmo mundo óbvio.

E, afinal, dentro de tantas arestas,
Estou convicto da loucura,
A desconcertada
Vocação ausente em minha face,
                                                        Só.

E feito sábio
— Que adivinha, —
Entrelaço meus dedos
Com ânsia e quase certeza
(Ou trêmulo desconforto),
Para sempre juntos,
Cor e homem.

Cor e ser ocorrem
Paralelos, miserável o homem
Avesso em seus miseráveis átomos, couro e homem
— Conhecer-lhe a face dura, o próprio ser, a própria vida,
Curiosos ou não tantos tropeços,
A cor do eu discorda mais que significa
Conseguir saber algum momento,
Não tem frases boas,
Só diz nomes incompletos
                                   E cinzas
Por uma dívida fixa dentro do que não passa.

Tem de ser, por tudo e porque amigos tinham frases feitas,
Expressando muito pobres cuidados.

Melhor dizendo da vida, deve instintivamente
Atiçar os cães e crer ao mesmo tempo que o mundo
Inconstante exigirá confiança
De novo,

E a nada invisível asa com que sustenta

Incessantes voos.

Conhece pausas, muda o rumo útil
Do país imaginário, morrendo
No homem toda virtude.

Antes de assombrosos
Acidentes já passados,
Pousa sobre ramos leves
Feito pássaro comendo frutos
Atento:

Eu,

Atento, consisto em ser coberto de flores,
Assim desde um tempo
Desde o outono,
Desde as trevas,
Fácil de encontrar,
Constantemente não visto.


Biografia:
-
Número de vezes que este texto foi lido: 52896


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Há mais tormentos em ser que em esperar Sergio Ricardo Costa
Poesias No silêncio milenar Sergio Ricardo Costa
Poesias Parceiros pelos pares de pênis Sergio Ricardo Costa
Poesias Restrições em concluir Sergio Ricardo Costa
Poesias Alma, esta coisa suja protegendo os corpos Sergio Ricardo Costa
Poesias Pano, linha, pano... Sergio Ricardo Costa
Poesias Nem sei que o mundo Sergio Ricardo Costa
Poesias A aproximar-se se desfaz Sergio Ricardo Costa
Poesias É como dor que a flor cresce Sergio Ricardo Costa
Poesias A cor do eu acordou em mim Sergio Ricardo Costa

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 208.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
JASMIM - evandro baptista de araujo 68995 Visitas
ANOITECIMENTOS - Edmir Carvalho 57910 Visitas
Contraportada de la novela Obscuro sueño de Jesús - udonge 56745 Visitas
Camden: O Avivamento Que Mudou O Movimento Evangélico - Eliel dos santos silva 55820 Visitas
URBE - Darwin Ferraretto 55076 Visitas
Entrevista com Larissa Gomes – autora de Cidadolls - Caliel Alves dos Santos 55013 Visitas
Caçando demónios por aí - Caliel Alves dos Santos 54890 Visitas
Sobrenatural: A Vida de William Branham - Owen Jorgensen 54873 Visitas
ENCONTRO DE ALMAS GENTIS - Eliana da Silva 54776 Visitas
Coisas - Rogério Freitas 54743 Visitas

Páginas: Próxima Última