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QUEM SOU EU
EU SOU ASSIM
Jota Bhê Ibirama

Resumo:
TIVE UMA INFÂNCIA SEM MUITOS LUXOS...


27 de junho de 1980 passavam - se alguns minutos das 11 horas da manhã de uma sexta feira. Para muitos, um dia comum, mas para mim, foi o dia em que vim ao mundo. Mesmo assim ainda pode parecer algo normal, mais um ser que veio para fazer peso. Insisto, o nascimento é um momento mágico.
Ibirama, região do vale norte, interior de santa Catarina, hospital Miguel couto, quarto nº 6, leito 2, foi onde nasci. De lá para cá muitas coisas mudaram. O mencionado hospital já não tem o mesmo nome, nem mesmo é localizado no mesmo endereço.
Tive uma infância sem muitos luxos, família podre, mas que nunca faltou o que comer. Minha mãe, dona Luiza, 21, e meu pai o senhor João com seus 28 anos. Um ano antes haviam dado a luz à um menino, meu irmão Claudemir, não cheguei a conhecê-lo, 15 de abril de 1979 foi o dia do seu nascimento, com algumas complicações em vários órgãos de seu corpinho, ele viveu apenas 5 dias. Veio a falecer ainda no hospital.
Meus pais contavam que a vida que levavam estava vazia e resolveram tentar mais uma vez. Foi ai que me deram uma chance. Tive as mesmas complicações nos primeiros dias, fui levado à Curitiba onde, na época os recursos eram mais avançados, dentro da medicina. O motivo para ser levado para tão longe, foi que, os médicos daqui haviam levantado uma suspeita de leucemia, em mim. Por vários dias minha mãe cuidou de mim, ficou ao meu lado em uma cidade que para ela era estranha. Após alguns exames, descobriu-se que para o que eu tinha havia cura e então começamos um tratamento, que resultou em um menino saudável e que queria muito viver.
Na volta para nossa terra, nos mudamos para o município de Ascurra, tínhamos casa própria e foi lá que comecei meus estudos no primário. Com os meus 5 anos, meus pais anunciaram que eu teria uma irmãzinha – Leide Bárbara – fiquei muito feliz.
Ficamos um ano e meio e voltamos para Ibirama, e dei continuidade aos estudos no Eliseu Guilherme, até à 5º série. Foi quando parei para cuidar de minha segunda irmãzinha, Elis. Irmã essa que nunca cheguei a brincar. Minha mãe teve alguns problemas na gravidez e Elis nasceu já sem vida. Então resolvi não voltar a estudar no ano seguinte. Com meus 13 anos surgiu a oportunidade de um trabalho.
Naquele tempo podíamos começar a trabalhar aos 14 anos. Lembro bem, dia 14 de fevereiro de 1994, fiz minha primeira entrevista de emprego. Nesse ano a rádio da cidade estava contratando meninos para aprender na área de sonoplastia, para manipular a plástica da rádio. Fui contratado para uma experiência de 3 meses. O período se passou e fui efetivado.
MEU PRIMEIRO EMPREGO!
Fui me aperfeiçoando na área e um ano depois já era profissional. Foi então que, com apenas 15 anos ganhei meu primeiro horário de locução. O “hora jovem”. O programa durou apenas 6 meses. Na verdade ele serviu para preencher a grade de programação. Com 16 anos, apresentava um programa à noite, o show da noite. Fiquei um ano nesse horário. A rádio mudou de proprietários, de razão social e também de endereço. Boa parte da equipe continuou. O locutor da tarde pediu demissão e foi embora. Fui transferido de novo e agora para o segundo melhor horário. O horário nobre do rádio. Com meus 17 anos resolvi voltar a estudar. Fiz minha matrícula no antigo NAES, núcleo avançado de ensino supletivo. Na época o sistema funcionava através de provas, onde você ia para casa, estudava um assunto proposto em módulos e quando estivesse preparado podia ir eliminando os módulos, um à um. Em apenas 8 meses, consegui concluir o agora ensino fundamental, de 5º à 8º.
MAIS UMA PAUSA NOS ESTUDOS.
Em meu emprego as oportunidades não paravam de surgir. Surgiu a oportunidade de ingressar na equipe de esportes, primeiro na função de repórter e mais tarde no plantão esportivo, onde anunciava os resultados dos outros jogos e toda a matemática para a classificação dos campeonatos. Com a carga horária aumentada tive que deixar os estudos mais uma vez de lado.
A VIDA NÃO É SÓ TRABALHO.
1998, 18 anos. 5 de setembro daquele ano, mais precisamente às 15:30, conheci uma menina que veio a ser minha namorada. Lembro bem, em meu programa, fiz um sorteio essa menina ligou e foi premiada. Já no ano seguinte, no dia 6 de março, ficamos noivos. Os dias se passaram e no mês de junho de 1999, resolvemos de que era hora de nos unir. Preparamos tudo, convidamos a família e amigos e marcamos a data do casamento. Dia 13 de novembro do mesmo ano. Igreja matriz, santo Humberto de Ibirama, um sábado, 18 horas pontuais. Casamos, e a festa aconteceu na ilha da Hering para 190 convidados.
TRABALHO, CASAMENTO E AS RESPONSABILIDADES.
Momentos bons no início do casamento, tínhamos o nosso próprio “cantinho” e passávamos os tempos vagos conversando e planejando o futuro. No dia 03 de agosto de 2000, o nascimento de nosso primeiro filho. Uma menina, linda. Foi batizada, com o nome de Allana Tamires, olhos verdes, sorriso que brilha, cabelos cacheados, igual a um anjo. As responsabilidades aumentaram, agora éramos três. Os anos foram passando e íamos conciliando, trabalho, casamento e o sustendo do bebê.
Em 2003 fomos surpreendidos com a notícia de que seriamos pais pela segunda vez. No ano seguinte, no dia 15 de abril, veio ao mundo, João Vítor. Inquieto, 3,225 kg olhos negros, não sorria muito, mas tinha algo muito especial. Apesar de sua chegada ser inesperada, nos encheu de muita alegria. Nesta época a rádio onde trabalhava, mudou mais uma vez de dono e de razão social. Novas regras, novas propostas. O perfil da empresa não me agradou. Muitos ficaram e eu fui um dos que saíram.
Terceirizei meus serviços e fiquei apenas na área do esporte. Ano de 2007. Para complementar o salário trabalhei de taxista por uns tempos, depois trabalhei na área industrial, em uma usina que se instalava na região e fui efetivado como auxiliar técnico, onde exercia a função de almoxarifado. Em 2008 mais uma surpresa. Nasce, Maria Luiza. Depois de uma gravidez de risco, tudo correu bem e ela veio para alegrar ainda mais nossa família. Menina esperta, sorria o tempo todo e nos intervalos chorava, ou seja, dormia pouco, era a alegria da casa.
NOVO EMPREGO, VIDA NOVA, TUDO NOVO.
Em 2009, se instalou na região, uma nova emissora de rádio. 107 FM, outra proposta, tendo em vista de que trabalhei 14 anos numa rádio AM. Procurei os responsáveis para “trocar uma idéia” e expor minha vontade de retornar ao rádio. Ficamos por 3 horas conversando e acertamos tudo. Dia 15 de junho de 2009, foi o dia em que retornei ao rádio e estou até hoje. Comecei como locutor, em dois horários, das 5 as 8 da manhã e das 5 as 7 da tarde. Depois fui chamado para exercer a função de folguista, ou seja, cobrir a folga dos outros locutores. Com o passar do tempo o gerente percebeu a necessidade de incrementar a programação com informações e sabendo de minha experiência na aera de reportagens, me promoveu e deu a responsabilidade de coordenar a área das notícias, parte de edição dos comerciais e a programação da rádio. Ano passado me divorciei. Minha vida mudou muito. O relacionamento com meus filhos é muito bom e estou feliz no meu emprego.
Nos dias de hoje, estou com um horário das 07:30 às 08:00, juntamente com outro colega, apresentando o jornal da 107. E durante a programação fazemos entrevistas com várias autoridades e personalidades. Até as 17 horas pesquiso noticias regionais, faço a edição e mesclo na programação musical.
Ah! Agora to namorando. Com tudo novo em minha vida faltava alguma coisa. Resolvi retomar meus estudos. Estou na 1º série do ensino médio.
Indo além dos dias atuais, me vejo bem resolvido profissionalmente e consequentemente no finaceiro. Feliz em um relacionamento maduro e com meus três filhos.
E quem sabe mais tarde, enriquecer meu relacionamento com mais um abençoado filho. E então viver muito feliz com meus quatro filhos.


Biografia:
masculino, 32 anos de 1980
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Publicações de número 1 até 5 de um total de 5.


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