Será que isso é comum? Digo, será que é algo anormal, desejar-te até o mais íntimo, querer obrigar aos astros que nossos signos se batam ou que nossas constelações se cruzem.
Entrastes em meu mundo de forma inesperada, na verdade, não entrastes, apenas passastes, porém, deixastes marcas.
Todas as marcas que carrego em minha memória são de fato, marcas profundas. Marcas das quais, simplesmente nunca esquecerei, possa passar o tempo que for.
Como ladrão em espreita, roubastes as minhas constelações, meus pensamentos, sonhos, visão; vibração. Sim, mas como? Se nossos corpos nunca se cruzaram? Sim, meus lábios por um instante abrem-se em um meio sorriso. Que loucura. Mais ninguém pode julgar-me, já que não estão em minha pele.
A brisa me acariciava como uma mãe acaricia seu filho. A solidão apertava-me o peito, mas a esperança de dias melhores animava-me, aliás, não sabia de onde surgia tanta esperança, já que somos obrigados a concluir o seguinte fato: Nossas constelações, nossos destinos, nossas respirações, nossos olhares, nossas vozes, nossos sorrisos, nossas vidas... Podem-se tocar levemente, mas Jamais se cruzar. Nossos astros se localizam em extremidades diferentes.
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