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A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral das crianças de 0 a 5 anos. Para compreender essa missão, é imprescindível reconhecer que a infância não é apenas um período biológico, mas um fenômeno complexo, influenciado por fatores sociais, culturais, políticos e econômicos. Assim, investigar a infância significa refletir sobre como as crianças vivem, participam e produzem cultura no cotidiano escolar.
Historicamente, a infância nem sempre foi reconhecida como uma fase específica. Segundo os autores como Ariès e Sarmento apontam que, somente na modernidade, a criança passou a ser vista como sujeito com características próprias.
A Constituição Federal de 1988, o ECA (1990) e a LDB (1996) estabeleceram a criança como sujeito pleno de direitos à educação, ao cuidado, à proteção e à participação. Na Educação Infantil, esses princípios são aprofundados na BNCC (2017), que enfatiza a centralidade das interações e brincadeiras no processo educativo. Assim, a escola deve garantir ambientes seguros, afetivos e desafiadores, nos quais as crianças possam explorar, criar, imaginar e expressar-se, desenvolvendo autonomia e identidade.
Com base nessa visão de infância: A brincadeira torna-se eixo estruturante do currículo, pois permite às crianças aprenderem de forma significativa, às interações estabelecidas entre crianças e adultos sustentam o desenvolvimento emocional, cognitivo e social, a escuta pedagógica é essencial para compreender necessidades, hipóteses e narrativas infantis, a organização dos espaços e tempos deve favorecer escolhas, movimento, convivência e experimentação e o professor atua como mediador sensível, planejando situações de aprendizagem, observando e documentando o cotidiano
Compreender a infância na Educação Infantil significa reconhecer a criança como protagonista de seu processo de aprendizagem e cidadã desde o nascimento. Cabe aos educadores construir práticas que valorizem a cultura infantil, a diversidade e a participação ativa das crianças, fortalecendo sua autonomia e garantindo seus direitos fundamentais.
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