Segundo Di Santo (2009), o uso de recursos artísticos como apoio ao desenvolvimento de conteúdos escolares específicos tem se expandido significativamente, especialmente quando o foco do trabalho pedagógico está centrado na aprendizagem do aluno.
Sabemos que a arte é um elemento essencial na vida de cada pessoa. Para o educador, em particular, ela representa uma fonte inestimável de recursos que podem enriquecer sua prática pedagógica especialmente quando ele compreende o valor de integrá-la intencionalmente ao seu fazer educativo.
É fundamental que o educador ou arteterapeuta esteja atento à dinâmica da escola como um todo e, em especial, à realidade da sala de aula. É necessário reconhecer a importância de valorizar personagens simbólicos que representem sabedoria, sensibilidade e criatividade figuras que superam desafios por meio da sutileza e não da força. Nenhum herói, isoladamente, é capaz de lidar com toda a diversidade presente no ambiente escolar. Por isso, deve-se considerar diferentes “forças heróicas” como o prazer, a colaboração, a sabedoria, a complementaridade e a superação, como elementos a serem resgatados e mobilizados diante dos desafios cotidianos.
Nesse contexto, as atividades de arteterapia favorecem a desinibição, o autoconhecimento e a criatividade, promovendo uma sensação de integração com o mundo. Elas contribuem para a resolução de conflitos internos, a melhoria das relações interpessoais e o desenvolvimento equilibrado da personalidade.
A arteterapia também pode funcionar como um elo de integração entre diferentes áreas do conhecimento, colaborando com a construção da interdisciplinaridade no ambiente escolar. Ela estabelece uma ponte entre os limites e possibilidades da ciência e a liberdade expressiva da arte, conectando os anseios do mundo contemporâneo às raízes mais profundas da experiência humana. Desse modo, promove o desenvolvimento do potencial humano e estimula uma leitura mais ampla, sensível e profunda da realidade.
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