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A Arte e a Educação compartilham objetivos essenciais na formação do ser humano como indivíduo pensante, crítico, consciente e autônomo. Desde as primeiras culturas, o ser humano se revela dotado de um dom singular: mais do que um ser que executa, o homem é um ser que transforma.
A Arte e o seu ensino está presente desde os primórdios da humanidade, cumprindo uma função vital na vida das pessoas e na construção da sociedade. Por seu poder de expressão e de transformação, a Arte é um dos pilares do processo de humanização. Está presente no cotidiano de todos, e muitos dos objetos que nos cercam são fruto direto ou indireto da criatividade artística. Ter um trabalho sistemático com Arte na escola significa abrir espaço para o estudo, a pesquisa e a reflexão sobre sua importância. ]
A Arte amplia a percepção sensorial e a capacidade de interpretar o mundo, funcionando como porta de entrada para uma compreensão mais profunda das questões sociais. Para que isso ocorra, é necessário compreender a Arte em sua totalidade. Ela dialoga com a essência do ser humano, onde sensibilidade, percepção e reflexão atuam de forma integrada, especialmente por meio da Estética e da Educação Artística. Através dela, expressamos sentimentos, idéias e informações, o que influencia positivamente o processo de aprendizagem.
No contexto escolar, o ensino da Arte não tem como finalidade principal formar artistas, mas sim desenvolver habilidades que contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos alunos. A Arte proporciona contato com a realidade e a fantasia, estimulando a consciência crítica e a participação ativa na sociedade. Sua principal característica é o potencial transformador, que permite a flexibilidade necessária para o crescimento e a evolução humana.
A Arte é fundamental na escola porque é essencial fora dela. Por ser um saber construído ao longo da história, tornou-se um patrimônio cultural da humanidade — um conhecimento ao qual todos têm direito de acesso (MARTINS, 1998, p. 13).
Na sociedade contemporânea, vemos a superação de muitos limites por meio das inúmeras possibilidades que a Arte oferece. Trata-se de um campo fértil de experimentações, aberto à criação e à reinvenção. É justamente esse poder de propor novos olhares sobre a realidade livres de barreiras arquitetônicas, estigmas ou preconceitos que faz da Arte um instrumento potente de inclusão. Ela desloca o olhar tradicional, rompe com o racionalismo excessivo e valoriza a diversidade.
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