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Existe quase que um consenso deque “As Sociedades Secretas” tiveram início na Babilônia. Mas será que, deveras, essas sociedades remontam ao período babilônico?
Em seu livro “O Maior Segredo”, David Icke, escritor, palestrante, e teórico da conspiração – fala a respeito de uma irmandade denominada por ele de Fraternidade Babilônica.
Segundo Icke essa fraternidade é formada por uma tribo de linhagens acasaladas, ou seja, linhas de famílias que só acasalam entre si, e deveras, remontam ao período babilônico. No entanto, o livro apócrifo de Enoque nos dá conta de que os cultos de mistérios tiveram início antes do surgimento do império babilônico, retrocedendo-os, a era antediluviana.
E sucedeu que, quando os filhos dos homens se multiplicaram, naqueles dias nasceram a eles filhas formosas e belas. E os Anjos, os filhos dos Céus, as viram e cobiçaram. E disseram uns aos outros: "Venham, escolhamos para nós esposas, dentre as filhas dos homens, e geremos filhos para nós” (Enoque 7/ 1-2).
O primeiro ponto a se observar é que, Enoque não apresenta uma imagem mental desses seres, reservando o direito de apenas dizer que eram anjos, mas a figura desses entes era distinta dos seres humanos, porque no capítulo (17/ 1), ele afirma que estava em um lugar onde estes entes eram como fogo ardente, mas quando queriam podiam transformar-se em formas humanas.
O segundo ponto é que a ideia desses anjos não era apenas tê-las como esposas, mas sim gerar uma poderosa raça hibridizada, com o intuito de governar o planeta Terra. Esta era a real intenção desses seres de outra dimensão ou planeta dotados de grande inteligência.
E tomaram para si esposas e cada um escolheu para si uma. E começaram a entrar nelas e foram promíscuos com elas, e lhes ensinaram feitiços e encantamentos, e lhes mostraram o corte de raízes e árvores (Enoque 7/1).
Depois de conquistá-las eles passaram a viver com elas como marido e mulher. Essa estreita convivência com elas fez com que esses anjos, também conhecidos como Guardiões ou Sentinelas, lhes ensinassem malefícios de feiticeiros, ou seja, bruxarias, exorcismos, e a propriedade de raízes e árvores, familiarizando-as com ervas e raízes, dando origem, assim, as primeiras bruxas: mulheres sábias detentoras de conhecimentos sobre a natureza e magia.
E as mulheres conceberam e geraram gigantes (Enoque 7/ 11).
O acasalamento de anjos com mulheres humanas trouxera como consequência uma prole de gigantes híbridos.
O interessante é que em Gênesis, capítulo (6) está escrito que antes dos gigantes híbridos já havia uma raça de gigantes sobre a terra.
Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama (Gênesis 6/4).
Praticamente nada de informações existe a respeito da primeira raça de gigante. Se eram ou não híbridos como os Nephilim. O que a tradução grega do livro de Enoque diz a respeito desse assunto é que elas (as mulheres) geraram a eles (as Sentinelas) três raças: os grandes gigantes.
Os gigantes trouxeram (alguns dizem mataram) os Nephelim, e os Nephilim trouxeram (ou mataram) os Elioud.
E eles sobreviveram, crescendo em poder de acordo com a sua grandeza.
Talvez a primeira raça de gigantes fosse os Elioud, raça que parece que não sobrevivera o embate com os gigantes híbridos.
Mas vamos deixar um pouco de lado os Nephilim e voltarmos para as escolas e cultos de mistério. Como já conferimos as mulheres dos anjos caídos eram todas bruxas, no entanto, não foram elas que criaram as escolas e os cultos de mistério, mas sim os anjos caídos Amezarak, e Armaros.
Amezarak ensinou todos os sortilégios, e divisores de raízes (Enoque 8/ 3).
O anjo Amezarak decidira popularizar o ofício de feiticeiro, encantamentos, e corte de raízes e árvores, permitindo que o público em geral tivesse acesso a esta espécie de conhecimento, antes restrito as esposas dos Benai Elohim.
Tudo indica que ele abrira uma escola voltada, exclusivamente, à arte da magia. Sem sombra de dúvidas, muita gente disputava uma vaga nesta escola.
Com tantos bruxos fazendo uso de sortilégios para intervir na vida das pessoas, nada mais justo do que criar uma escola para desfazer bruxarias, e fora isso que o anjo Armaros fizera para equilibrar as coisas, deixando tudo no faz e desfaz, no desfaz e faz, colocando em cena uma gangorra movida por bruxos e suas magias.
Armaros a dissipação dos esconjuros (Enoque 8/3).
Imaginem a quantidade de feiticeiros que haviam saído da escola de Amezarak, ao ponto de se criar uma escola só para formar bruxos dotados de habilidades para desfazer feitiços?
Vamos passar para outra parte do verso.
Barakijal ou Baraqiel ensinou a astrologia, Kokabiel ensinou presságios, Tamiel ensinou astrologia, e Asradel ensinou as influências da Lua (Enoque 8/ 3).
“Astrologia” do grego astron, astros, estrelas, corpos celestes, e logos, palavra, estudo, é uma pseudociência.
De acordo com essa pseudociência as posições relativas dos corpos celestes podem prover informações sobre a personalidade, as relações humanas, incluindo outros assuntos que diz respeito à vida do ser humano. A humanidade tivera acesso a esta pseudociência por meio dos ensinamentos dos anjos Barakijal ou Baraqiel, e Tamiel. Os ensinamentos de Kokabiel eram voltados para os prognósticos sobre o futuro. Já Asradel preferira ensinar as influências da lua.
Acredita-se que, as frequências que a lua emite afetam as frequências do estado de espírito do ser humano, como sentimentos, emoções e desejos.
Na lua nova, a fase não iluminada, isto é, o lado escuro da Lua está de frente para a Terra. A escuridão emana frequências Raja-Tama predominante. Assim sendo, quando comparada com a fase iluminada, a fase escura emite mais frequências sutis básicas de Raja-Tama para a Terra. Quando a lua está cheia ou nova, a atração gravitacional da lua e do sol é combinada. A lua exerce uma força sobre a Terra em outros dias também, mas não é tão poderosa quanto nos dias de lua cheia e lua nova.
Durante os dias de lua nova, os demônios, espalham raja-tama nas pessoas envolvidas em rituais de ocultismo e pessoas predominantemente Rajasik, e Tamasik são fortemente influenciadas e recebem energia negra para suas atividades Raja-Tama. Como é um dia condutivo para atividades Raja-Tama, é considerado um dia não favorável para quaisquer atividades positivas, de acordo com esses ensinamentos preconizados por Asradel que, certamente iam muito além disso.
Mas, mesmo num universo impregnado de ocultistas, os gigantes, conseguiam sobressair.
E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente (Gênesis 6/4).
E disse o Senhor: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito (Gênesis 6/7).
Depois disso Deus mandou o dilúvio e acabou com praticamente tudo, sobrando apenas Noé, a sua família, alguns gigantes, e uma a compilação de ensinos ocultistas.
Mas de que modo os ensinos ocultistas sobreviveram ao dilúvio?
O historiador e apologista judaico-romano Flávio Josefo, em seu livro “História dos Hebreus” faz menção das duas colunas de Seth. Uma de tijolos e outra de pedra. Sobre elas foram gravados os conhecimentos que haviam adquirido. Se o dilúvio destruísse a coluna de tijolos, ficaria a de pedras. Obviamente, o objetivo era conservar à posteridade a memória de tudo que tinham registrado. Nelas estava escrito a ciência dos astros. Poucas páginas adiante Josefo deixa bem claro que não era somente a ciência dos astros que estava – escrito nas duas colunas.
Ao comparar a longevidade de Noé com os seres humanos de sua época o historiador e apologista afirma que um dos motivos deles viverem muito mais, era que: além deles serem muito queridos de Deus, os alimentos de que se nutriam eram mais apropriados para conservar a vida. O terceiro fator era: Deus prolongava a vida deles, tanto por causa de sua virtude, como para lhes dar meios de aperfeiçoar as ciências da geometria e da astronomia, que eles haviam inventado – o que eles não teriam podido fazer se tivessem vivido menos de seiscentos anos, pois de acordo com Josefo é somente após a revolução de seis séculos que se completa o grande ano.
Portanto, nas duas colunas estavam escritos a ciência dos astros, a ciência da geometria, e as outras cinco ciências, ensinos, esses transmitidos pelos Nephilim a Caim e aos seus descendentes.
Flavio Josefo afirma que a coluna de tijolos fora destruída pelo dilúvio, no entanto, ficara a de pedra, e que nos seus dias ainda se poderia vê-la, na Síria.
Josefo, assim como a literatura maçônica inverteram os polos. É claro que as duas colunas foram feitas pelos descendentes de Caim, e não pelos descendentes de Seth. Aliás, a literatura maçônica credita todas as suas simbologias e sistema doutrinário a Adão. Talvez seja a forma encontrada pelos autores maçônicos para tentar santificar suas práticas, mas para os cristãos que usam a Bíblia como chave hermenêutica não existe vínculo entre Adão e as sociedades secretas, uma vez que as sociedades secretas fora uma criação dos anjos caídos, como conferimos anteriormente.
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