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LIBERDADEXAUTOCONHECIMENTO
LIBERDADEXAUTOCONHECIMENTO
teresa armando elios da silva

Resumo:
Sempre ouvimos esta frase:
_Se eu pudesse voltar no tempo faria diferente. Será que faria mesmo? Cada etapa de nossa existência deve ser vivida de acordo com o aprendizado e as limitações que vão ocorrendo, para não precisar querer voltar no tempo. Autoconhecimento é o caminho. O momento é agora.

LIBERDADEXAUTOCONHECIMENTO:

O que é liberdade?
É o seu direito de ir e vir, esse direito vai até onde começa o espaço do outro.
O que é autoconhecimento?
É o exercício diário que devemos fazer conosco.
Como realizamos este exercício?
Através de uma introspecção imparcial, entender como reagimos diante de situações que mexem com o meu emocional, me deixam triste, confuso, bravo, melindroso, violento ou faz com que eu não consiga tomar nenhuma atitude.
Como eu sou? Como me relaciono com as pessoas? Como escolho meus amigos? Pela aparência, classe social, que eu possa obter alguma vantagem? Em casa, como trato os meus familiares, converso, deixo-os falando sozinhos, bato porta ou respondo que a vida é minha e ninguém tem nada a ver com ela? Os problemas, vou empurrando sempre para depois ou vou direto ao ponto e tento entender se o que estou vivendo eu provoquei, criei, com alguma atitude impensada? Falo para todo mundo o que estou sentindo, nas redes sociais, principalmente, menos com quem eu deveria, a razão do meu problema? Sou preconceituoso? Vaidoso, orgulhoso? Violento? Gosto de debochar das pessoas, humilhar, rejeitar? Não aceito não como resposta?
Liberdade, posso fazer tudo o que eu quero, autoconhecimento é uma autoanálise diária, então deve-se considerar que todos nascemos com tendências e só com uma autoanálise responsável e sincera que poderemos conduzí-las e assim usarmos bem a nossa liberdade de expressão e o direito de ir e vir.
A perda da liberdade de expressão começa em casa, nos tratamentos diários que os familiares tem uns com os outros, quando usamos rótulos para nos referirmos a uma outra pessoa, simplesmente anulamos a sua identidade e a pessoa só é citada dessa maneira. Quem está sendo rotulado vai se anulando e o absorvendo passando a acreditar que é o que as pessoas acham que ele é.
O ser humano rotulado vai construindo o seu histórico de vida e tem dois caminhos que pode seguir, ou se torna uma pessoa, apática, triste, fechada em seu mundo, ou começa a rotular também querendo que o outro sinta o mesmo que ele, podendo se encaminhar para uma violência física ou suicídio.
E quando a perda de liberdade acaba dentro de uma unidade prisional?
A diferença que existe entre os que estão presos e os que estão livres é um segundo em que não soube como conduzir uma situação em que suas tendências negativas foram colocadas a prova, e preferiu dizer que se deixou levar por uma má companhia, sendo que isto não existe, pois temos liberdade de escolher como agir e saber que tudo posso, mas nem tudo me convém.
Não foi usado a empatia, não se perguntando se gostaria que agissem com ele da mesma forma que está agindo.
A vida é minha, ninguém manda em mim. Será?
Quando se fica sozinho dentro de uma cela e a adrenalina do embalo do momento abaixa, o ser humano está sozinho é ele, o mundo e o peso de suas atitudes.
Difícilmente arcará com a nova realidade sozinho, acabará arrastando companheiros, filhos, familiares, amigos, vítimas e seus familiares para fazer parte dela.
Os conselhos, ajudas que foram rejeitadas, se verá obrigado a obedecer e acatar ordens de desconhecidos, autoridades, companheiros do infortúnio, e aí?
O que dá mais trabalho, uma autoanálise sincera diária e se esforçar para domar as más tendências ou se deixar levar , se fazendo de vítima, jogando para terceiros a sua responsabilidade?
Os anos vão passar, quem ficou privado de sua liberdade por um momento que acreditou mais na sua verdade do que em sua melhoria íntima, vai sentir na pele as perdas, pode vir a ver o que lhe aconteceu se repetir com os seus familiares, que para ajudá-los poderão se endividar, se revoltar e também serem levados pelo momento , carregado na dor, por enfrentar rótulos, preconceitos, em decorrência de suas atitudes.
Os pais de indivíduos que ficam privados da liberdade, carregam uma culpa muito grande, se questionando constantemente: Onde foi que eu errei?
Se a família nunca passou por algo parecido, a vergonha, a dor é muito grande, famílias se desagregam por um momento impensado de um único componente deste núcleo.
Se a família é constituída por membros que não exercem uma autoanálise diária, não se conhecem interiormente, não sabem administrar as suas emoções, as suas tendências negativas e se comprometem com a justiça, tudo passa a ser vivido de uma forma natural, o uso da empatia, nem pensar, nem se cogita agir dessa forma.
A perda da liberdade é horrível, ficar a margem da sociedade, deixar de viver coisas simples, como tomar um sorvete, um banho quente, dormir em uma cama, andar descalço na praia.
Estou ficando muito mandão, a culpa é sempre do outro? Sinto medo de tudo e me escondo atrás de uma imagem que não é minha, rotulando as pessoas, humilhando, para não aceitar que preciso de ajuda antes que seja tarde? Troco de parceiro como quem troca de roupa, não ligo para o sentimento do outro, filhos? Não aceito que só se tem direitos quem cumpre com os seus deveres? Estas perguntas devem ser feitas quantas vezes forem necessárias para lhe ajudar a compor o seu histórico de vida de uma forma responsável.
Criança é sempre criança, deve ser cuidada e não apenas criada, o adolescente está colocando em prática os valores éticos, morais, a diferença do erro-consequência do erro-punição apenas, o adulto já deve ter caminhos traçados e realizados, se autoconhecer. Cada etapa da vida é única e deve ser vivida com responsabilidade Quando criança, vamos começando a caminhar, precisamos de ajuda, não se devendo levar problemas nas costas que não sejam dela.
Não se consegue levar uma vida com liberdade de forma responsável se não realizar a empatia e nem o autoconhecimento.


Biografia:
Sou assistente social e gestora do terceiro setor, trabalho com autoconhecimento direcionado a crianças, adolescentes e suas famílias.
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