Eu, pouco mais que uma menina,
numa noite encantada,
trouxe a esse mundo,
uma criança linda e delicada.
Minha menina chegou.
Chegou, trazendo com ela,
algo novo em minha vida.
Tão suave e tão singela.
Carreguei-a mais tempo em meu ventre,
sem saber como ela era.
Menos tempo ficou aqui,
deixou-me apenas a primavera.
Nunca me chamou de mãe,
pois partiu sem me dizer adeus.
E eu fiquei chorando e rezando,
pedindo ajuda a Deus.
Depois disso, mais filhos vieram.
Preencheram meu colo e meu tempo,
e até hoje me chamam de mãe.
Ganhando com isso, muito alento.
Mas tenho esperança na vida eterna,
onde nada se declina.
Onde posso te encontrar,
então eu digo:
"Até um dia, minha menina".
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