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A SANGUE FRIO
Tércio Sthal

No tempo mais propício escolho
estourar a rolha da garrafa cheia
e me banhar completamente
numa taça do mais puro vinho:

- Vermelho como sangue quente. -

Não requento o meu prato feito
e pacientemente o como e bebo:

- Convenientemente a sangue frio. -

No meu paladar doce como e bebo
a suavidade de pimentas malaguetas,
sorvendo a singular e singela mornidão
de cada instante revelado indigesto:

- Todos os ganhos e todas as perdas. -

Já que o bocado seco não alimenta
nem satisfaz o desejo do meu coração:

- Tudo sobre a mesa, cama e banho. -

Antes tarde do que perder a vontade
de saciar a minha fome e a minha sede.
Quero comemorar por ser um vencedor.
Quero vencer sem nenhum arrependimento:

- Nos olhos dos outros, sempre refresco. -

Justiça seja feita pós cansaço ou ressaca,
ao Sol ou dentro do Vale da Sombra da Morte.

- Queime a língua quem não amornar o prato. -

Pelas beiradas tem veneno e tem antídoto
que podem ser degustados e até apreciados.
Quem come e bebe a própria condenação
é como língua que fala o que deve silenciar.

- Comam e bebam suas penas e suas sinas. -


Biografia:
Tércio Sthal, Natural de Tupã, SP, Poeta e Escritor, MBA em Gestão de Pessoas, Cadeira de nº 28 da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, com publicações em coletâneas da Shan Editores, Autor de a Cidade das Águas Azuis e O Menino do Dedo Torto, Do Abstrato ao Adjacente, Inferências, Referências e Preferências em http://bookess.com e Lâminas e Recortes em Widbook.com
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