Suas mentiras são palavras doces,
mãos que despem a alma,
um estupro fonético carregado de
boas intenções; intenso rumo de
sílabas que já tem morada própria,
adoece sua casa da maneira mais
próspera, casa feita de coração
e uma pitada de vaidade.
Gosto de um sonhar de nuvem,
alí não me perco, danço em
suas curvas que parecem não ter
fim; pulo em suas linhas de ilusão,
que de tanto brincar, começa a chover,
essas gotas rasas me lembram você;
mas, percebi que banhar na chuva
é bom, esse pinga que molha pelas
margens do meu corpo
e lá fica: sujeira e lodo.
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