Já nem abre mais
suas asas para voar.
Já nem sabe mais vogar.
Desaprendeu alçar alturas
tantas vezes foi jogado ao chão.
Sina triste a dele.
E hoje viu numa das antigas
canções solares, que sua vida
morreu uma vez para
nunca mais voltar.
E ele acreditando, tendo esperanças.
E agora, neste instante,
em uma recaída do dia,
passa pelo negro jardim
da escuridão e o que vê?
Vê a dor lacerar seu coração
estampada nas palavras lá eternizadas...
Por isso a sensação
de que não falava para ele.
Por isso o silêncio...
Mas lá não. Lá a lua amada,
querida, declarando seu amor
ao anjo negro da noite.
Que tristeza, que dor...
E o anjo azul, recolhe suas asas
e parte abaulado, abatido
em seu espírito, sem nem forças
para mais lutar por sua própria vida.
Deixa morrer o que já estava
morto e nunca quis aceitar....
Deixa morrer...
Viver prá quê?
Só sofrer...
Só sofrer...
|