Os navegantes do Oceano Atlântico tentam descobrir o segredo das tempestades, calmarias, ondas, marés e águas navegáveis, neste lado continental. Talvez não conheçam a geografia destes mares. A nação da análise é Brasil ou Brazil?
Estando em qualquer porto seguro, as naus dos descendentes lusitanos, franceses, ingleses e holandeses, navegam na monotonia travestida de Virada Cultural. São composições, interpretações, textos, poemas, letras e rascunhos. As criações artísticas são livres... As escolhas obscuras! Não podem ser vinculadas aos interesses comerciais dos anunciantes nacionais ou internacionais. Muito menos: multinacionais. Sem quaisquer dúvidas: esse pedaço de chão - cagado e cuspido - pode precisar de uma revolução meio dente por dente x nota por nota x letra por letra. Por aqui existem poetas, compositores, letristas, músicos, fotógrafos e outros aprendizes sérios. É a maioria! A outra parte - pode ou não - está usando o lema: tenho que me arrumá, senão, perco meu barquinho! Desculpe a sinceridade! O mar já não é de marinheiro de primeira viagem! Quem não lembra do refrão: Marinheiro, marinheiro / Marinheiro só / Quem te ensinou a nadar / Ou foi o tombo do navio / Ou foi o balanço do mar... (De: Bi Ribeiro / João Barone).
Muitas obras culturais da antiga Terra de Santa Cruz são originais. Aquelas tão comuns, massificadas, com a assinatura da mediocridade, ajudam ou não, no nascimento natural de uma concepção artística duvidosa, não crítica, que não recebeu crítica, e que jamais receberá crítica. Quem navega em tal mar poderá se afogar na sonolência, em mar calmo. A viagem literária - às vezes - é previsível ou imprevisível. Depende da condução do capitão e marujos da embarcação. Como escrever sem colocar palavras ovais e frases triangulares? Aqui é América do Sul. O Caribe fica lá em cima! Se existem léguas ou milhas marítimas é uma questão de história? Qual é a praia ou litoral? Eles são de fora: Eu não sou daqui / Marinheiro só / Eu não tenho amor / Marinheiro só / Eu sou da Bahia / Marinheiro só / De São Salvador / Marinheiro só... (Adaptação: Caetano Veloso).
Entende-se que o objetivo é a meta necessária. O subjetivo lembra a arte. Chocar um ovo pode ser arte? Depende da ave! Ave César! Ave de rapina! Ave-da-avenida! Ave Maria! Quebram-se as formas! Rompem-se os conceitos e preconceitos! Talvez, aconteçam mudanças! As formações culturais das elites brasileiras soam como afronta ao simples, verdadeiro e genuíno. Será que os povos do Brasil sabem o que é cultura? Monteiro Lobato e Amacio Mazzaropi deixam saudades!
Onde estão os artistas independentes? Será que não se afogaram nos patrocínios estatais do país? As MTVs diárias concorrem com as linguagens das Tvs digitais abertas! E haja amor, chavões, carrões e algumas bundas com silicone! É cultura cult, curtida, malhada, de melodias fáceis, harmonias baratas e letras esculachadas. Os brasileiros e brasileiras sentem tesão por bunda! É normal! São formas de mídia, comunicação, música, literatura e sacanagem, sobrevivendo no mercado do quase extinto MP4! As gravadoras tornaram-se gravadores caseiros e que computam prejuízos. Os novos direitos autorais dos que criam, já não são garantidos. A Internet mutilou a criação do autor? É a vida, é bonita e é bonita... (De: Gonzaguinha).
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Biografia: ** LAILTON ARAÚJO * Nasceu na cidade de Sertânia, Estado de Pernambuco - Brasil em 1959. É músico, compositor, cantor, ambientalista, pesquisador de ritmos regionais brasileiros, escritor e ex-professor (não formado) do Cursinho Pré-Vestibular Educafro, onde lecionou as disciplinas: biologia e geografia. * Trabalha há 34 anos na área cultural, atuando como empresário de eventos, marketing e diretor fonográfico. É vocalista da Banda Moxotó - de Pernambuco. * Atua ainda como produtor artístico de Anastácia, Banda de Pífanos de Caruaru e Oswaldinho do Acordeon. Realizou quase 1500 eventos. ** CONTATOS * Tel. (11) 9.9200-0987 * São Paulo - SP - Brasil * lailtonaraujo@bol.com.br * lailtonaraujo@yahoo.com.br |