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Preconceitos
Erick de Oliveira

Dave era um garoto de 17 anos comum, estava no último semestre do colegial e já tinha a garantia que ia passar e garantia também de uma faculdade no próximo ano, tinha estudado e se esforçado muito para conseguir passar na sua tão sonhada faculdade, ele só tinha um problema: Seus colegas não aceitavam que ele era gay.
Por todos os dias no seu último ano de colegial, ano no qual ele se assumiu e parou de se esconder e ver isso como um problema, foi talvez um ano de liberdade e também um ano de sofrimento. Por nenhum momento seus colegas de sala o deixavam em paz, falavam todo o tipo de barbaridade e babaquice para ele, se aproveitavam que ele era mais pacifista e empurravam ele de um lado para outro, seguravam ele e o espancavam, faziam questão de deixar ele preso no banheiro, cuspiam nele. Faziam todo o tipo de barbaridade possível.
Sempre que ele chegava na sua casa ele mal deixava sua mochila e já corria para um cursinho pré-vestibular, cursinho no qual ele tinha ótimos amigos que cuidavam e entendiam bem o que ele passava.

– Você não pode deixar isso assim – Uma garota com olhos negros e cabelos castanhos com mechas verdes colocava nele alguns curativos nos braços e face.
– Sim cara, você precisa falar com a diretora e com seus pais. – Ele coloca os livros na mesa, se senta e olha para Dave com seus olhos castanhos e preocupados.
– Eu não quero trazer problemas para eles, e isso tudo logo vai acabar, já é o último semestre. Meu único problema é eu passar com uma lembrança tão ruim assim do colegial.
– Mas isso fica guardado dentro de você. Está reprimindo esse sentimento de raiva e injustiça que só te faz mal – replica a garota que terminará de colocar os curativos. O professor entra na sala o que acaba interrompendo e impedindo que seus amigos falem mais.

Dave já estava em sua casa, sozinho pois seus pais só chegavam bem a noite, ele mal tranca a porta e já é recebido por um gato peludo e de cor amarelada que o olha e se vira, indo em direção a sua comida.
– Que recepção em Buzz! – Dave corre em direção ao gato e o pega no colo, o gato dá um miado alto de indignação enquanto Dave o levava para checar se tinha água, comida e areia limpa. Ele deixa o Buzz ali mesmo e vai para seu quarto, que era um quarto bem simples, sua cama no meio, de um lado era seu guarda roupa e do outro uma pequena mesa no qual ficava seu notebook, e de frente para a cama era uma estante com uma quantidade até que razoável de livros dos mais variados tipos. Dave larga seu celular e suas chaves em cima da mesa, liga seu notebook e se senta.
Ele então olha para seus braços e mãos com curativos, todos machucados, sua mente fica agitada e começa a liberar todo o tipo de lembrança que ele guarda do seu último ano de escola, seu coração fervilha com emoções pesadas no qual ele já não mais aguentava lidar.

No outro dia Dave já chega com um olhar totalmente diferente para a escola, assim que entra na sala, antes do horário da aula os seus “colegas” já estavam lá.
– Olha só quem chegou. – Porte médio e cabelos negros, o garoto olha pra Dave como se fosse um insignificante – Nosso pequeno viadinho chegou! – Um outro forte agarra Dave por trás para começar a seção de espancamento novamente, porém eles não sabiam de algo do Dave, ele era pacifista exatamente porque aprendeu a ser assim, ele era faixa Marrom com listra preta em Kung-fu e esse foi o dia que ele não podia suportar mais. Assim que o garoto agarrou ele por trás ele fez um movimento com a perna que fraquejou quem o agarrou, deu uma forte cotovelada no estômago e o acertou com um soco forte de esquerda no rosto, ele caiu para trás desmaiado já, Dave era canhoto.
– Quem você pensa que é! – Ele vai em uma investida contra Dave com uma chuva de socos e socos abertos. Dave já estava em posição e defende e desvia todos os socos, eram muitas aberturas e ele percebe neste momento, que eles eram garotos se achando homens e que não tinham nada na cabeça além de fazer graça com aqueles que supostamente, eram “menores” que eles. Para acabar rápido com isso ele desvia um soco do garoto e o acerta com um soco de direita no peito, junta suas pernas e o chuta no queixo com sua perna esquerda, o garoto levanta do chão um pouco e cai por entre as carteiras. Todo o pessoal olha para aquela cena com espanto e do mesmo jeito a diretora olhava ao entrar pela porta.


Biografia:
Erick de Oliveira, 23. Aspirante a autor, nerd, gosta de star wars, animes, mangás, Senjougahara, livros de ficção, Fate, séries entre outras coisas de nerd possíveis.
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