A favela daquela fatídica cidade nem mesmo poderia ter um nome ou ser chamado de bairro, com ruas apertadas e casas em total desgaste físico, casas que nem eram mais consideradas moradias, uma barata não ousaria morar em um local de tamanha bagunça e fragilidade.
Um policial corre de uma rua a outra com uma Desert Eagle preparada nas mãos, perseguia um bandido que se aproveitou do aperto e da fragilidade do local para se esconder o máximo que conseguia. O policial estava de roupas casuais para uma operação como aquela, calça jeans e uma camisa vermelha com colete preto por cima, usava óculos que pareciam comuns a olho nu, porém, era altamente tecnológico. Os óculos conseguiam seguir rastros de calor e também eram o colete à prova de balas da polícia, pois ele liberava uma proteção invisível no corpo inteiro do agente.
— Eu sei o caminho que tu tá fazendo mano! Não adianta querer vir de piada para cima de mim! — O policial se joga em um canto, atrás de uma parede, pois ouviu um barulho de algo correndo, assim que se esconde, tiros são ouvidos e acertam perto do local que o policial estava correndo antes. — Tá se cagando todo é? — O policial era alguém experiente o suficiente para aquela situação, já tinha 20 anos de carreira que ficavam óbvios por sua barba branca. Ele então se levanta e corre em direção ao local que os tiros saíram, uma casa do outro lado da rua que estava com o teto completamente destruído e vários furos de balas na parede. O bandido continua atirando contra o policial, o criminoso usava uma M24E6, portanto, errava uma quantidade de tiros significativa tamanho seu desespero e falta de precisão enquanto se mexia. Os tiros que ele acertava, se chocavam na barreira invisível que cobria o policial e caíam no chão.
— Não se aproxime! — O bandido grita isso de dentro da casa e lança uma granada na direção do policial, que ao perceber ela, dá um salto para a esquerda e em seguida um rolamento. Quando ela explode, ele percebe que poderia ter sido atingido por ela, era uma granada Halra, ela é uma granada do tipo que destrói escudos os defletindo de dentro para fora, mas, era uma granada ultrapassada, sua barreira não seria destruída tão facilmente.
— Já perdi minha paciência com você moleque! — O policial tira uma segunda pistola que estava guardada em seu cinto e mira para a casa na qual a granada foi lançada. Era uma pistola Syvias, criada pelo pesquisador Robert Syvias nos tempos em que a 4° Guerra Mundial acontecia. Assim que ele puxa o gatilho, uma luz fina e branca sai da arma e entra na casa, o criminoso que estava dentro do local vê a luz atingindo a parede e nem mesmo tem tempo de reação, o chão e as paredes daquele local retangular que já foi chamado de casa, ficam brancos e brilham forte por cerca de dois segundos. Esse pequeno tempo foi o suficiente para ele sentir uma forte carga de 30 miliampères percorrer por todo o seu corpo, ele grita em agonia e cai no chão com o corpo todo mole e sem conseguir mexer nem mesmo um dedo. Ele consegue ouvir um barulho de estalar, vê que o agente entrou na casa e apertou um botão em seus óculos, ele, melhor que ninguém, conhecia aquele sinal e sabia o que estava para acontecer, tentava se mexer com toda a força que ainda lhe restava, mas, desta vez ele não conseguiria se safar.
— Você está rendido por roubo seguido de morte, assassinato e estupro de uma jovem e atentado terrorista ao seu país. — O agente puxa um charuto do bolso de dentro do seu colete e o coloca na boca, logo em seguida tira um isqueiro quadrado e cinza do bolso da sua calça e acende o charuto. — Você não tem o direito de ficar calado, você não tem direito a um advogado e você não tem direito a vida, eu, o ex-policial e atual Agente municipal do governo Brasileiro, Bran Anforth sentencio você a morte. — Bran mira sua arma na direção do homem que ainda não conseguia se mexer, mas estava com lágrimas nos olhos, seu desespero era nítido. — Parece que meliante realmente tem medo da morte! Achei que após tantas atrocidades vocês ficavam preparados para isso. — Ele dá um tiro direto na cabeça e o sangue começa a escorrer no chão, Bran se vira e começa a usar dos comandos de voz de seus óculos. — Riscar Lucas Pereira da lista, enviar o último vídeo gravado ao conselho e mostrar o nome e localização do próximo alvo.
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