Ou sobre a mesa,
Nadam quase todos pela rua,
Enquanto uns poucos dormem sobre a mesa da sala.
Outros, bem-dispostos, quentes ao sol,
Falando sozinhos com insultos,
Sobre as ondas,
Sobre a pele
Vestem poucas flores magras,
Leves,
Serenos.
Ou menos à mão
A espada de seu fidalgo instinto,
Vão e voltam sem saber do mundo
Como algum lugar que devam ir e às vezes
Aspirem o nada azul das lágrimas,
Um silêncio
Constrange a vida tão esquiva que acontece
Quase certa a cada dia até que surja
O resto
Do iceberg
Ou da América a poucos passos
Da dor do mundo.
É a dor de tudo, a ordem louca
Que convém saber agora, caem por terra
As folhas
Das árvores...
E as árvores.
Lentamente
As muitas ervas viram pedras, ficam vivas,
Criam pernas, criam mãos, passeiam livres
Bem perto
Da frágil verdade em seus olhos.
Muitas mortes
Merecem ter chegado,
Hoje, aos homens vistos
Pelos peixes junto aos verdes,
Frios vidros
Do aquário,
A frágil cidade em seus olhos doces, doces
Os olhos tristes, turva e fria água para
Sempre, para os homens, para os peixes, para
O aquário
E para os restantes mundos que os peixes xingam
Fazendo bolhas, rindo (ou quase), sendo humanos,
Velhos,
Mesmo para o mundo sobre a mesa
Da sala.
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